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Secretário dos EUA elogia Coreia do Norte por entrega de restos mortais

Processo de repatriação dos restos mortais de militares americanos mortos na Guerra da Coreia começou ontem, 26, após semanas de negociações

Coreia do Norte: calcula-se que os restos de cerca de 7.614 soldados americanos ainda não foram recuperados (Kim Hong-Ji/Pool/Reuters)

Coreia do Norte: calcula-se que os restos de cerca de 7.614 soldados americanos ainda não foram recuperados (Kim Hong-Ji/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de julho de 2018 às 15h26.

Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, elogiou nesta sexta-feira "o gesto" da Coreia do Norte de entregar os restos dos 55 militares americanos mortos na Guerra da Coreia (1950-1953).

"Este é obviamente um gesto para seguir adiante com o estipulado em Singapura", afirmou Mattis aos jornalistas no Pentágono, em referência à histórica cúpula realizada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em 12 de junho na cidade asiática.

O secretário de Defesa pronunciava estas palavras depois que ontem à noite começou o processo de repatriação dos restos dos militares após várias semanas de negociações.

"O que vemos aqui é uma oportunidade para oferecer uma conclusão às famílias", afirmou Mattis, que considerou que esta entrega poderia facilitar o comparecimento em um futuro próximo de equipes de investigação americanas e das Nações Unidas na Coreia do Norte para participar da localização de novos restos.

Mattis destacou que "isto é um esforço internacional" e lembrou que no conflito na península da Coreia também perderam a vida soldados de outros países, como França e Austrália.

Após a entrega de ontem, calcula-se que os restos de cerca de 7.614 soldados americanos ainda não foram recuperados.

Perguntado sobre porque a Coreia do Norte só devolveu 55 restos de soldados frente aos 200 que há dois anos responsáveis norte-coreanos ofereceram entregar aos EUA, segundo tinham revelado à Efe fontes próximas a tal negociação, Mattis diminuiu importância do número e defendeu que não é possível "voltar atrás e verificar" o mesmo.

Por último, Mattis explicou que os restos permanecerão inicialmente na Coreia do Sul para que as autoridades possam identificá-los o mais rápido e certificar que não existe nenhuma "anomalia".

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