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Secretário dos EUA acalma aliados sobre Síria antes de conversas

Rex Tillerson também disse que laços militares com a Rússia dependem da postura em relação a rebeldes lutando contra o governo sírio

Rex Tillerson: secretário de Estado dos EUA afirmou que postura russa com relação aos aliados sírios complica cooperação (Joshua Roberts/Reuters)

Rex Tillerson: secretário de Estado dos EUA afirmou que postura russa com relação aos aliados sírios complica cooperação (Joshua Roberts/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 12h45.

Bonn - O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, em um esforço para garantir a aliados de que Washington não está se inclinando para a posição de Moscou em relação ao conflito na Síria, disse a eles nesta sexta-feira que os Estados Unidos apoiam esforços da ONU para mediar uma solução política à guerra, disseram autoridades e diplomatas.

Tillerson também disse que laços militares com a Rússia dependem da postura em relação a rebeldes lutando contra o governo do presidente Bashar al-Assad, que a Rússia apoia.

Países opostos a Assad se encontraram nesta sexta-feira pela primeira vez desde que Donald Trump assumiu a Presidência dos EUA, em uma tentativa de encontrar um senso comum antes de negociações de paz apoiadas pela Organização das Nações Unidas em Genebra na semana que vem.

Todos os olhos têm estado sobre Washington e sua abordagem para o fim da guerra na Síria, após promessas de Trump de construir laços mais próximos à Rússia, especialmente na luta contra o Estado Islâmico. Sua política sobre a Síria segue incerta.

Diplomatas ocidentais disseram que, em conversas às margens de um encontro de ministros das Relações Exteriores do G20, Tillerson destacou a importância de se ater a esforços da ONU para alcançar uma solução política com base em resolução do Conselho de Segurança, sob o enviado especial na Síria, Staffan de Mistura.

O enviado irá realizar uma nova rodada de conversas de paz entre facções sírias na próxima quinta-feira.

Os diplomatas também disseram que Tillerson destacou que a posição de Moscou de se aliar ao governo sírio e denominar todos os rebeldes como terroristas tornaria a cooperação militar entre Washington e Moscou complicada.

"Na discussão, ele deixou claro que não haveria cooperação militar até que os russos aceitem que nem todos da oposição são terroristas", disse um diplomata.

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