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Secretário de Trump sugere que servidores sem receber tomem empréstimos

Funcionários do governo federal estão sem receber desde que começou o shutdown nos EUA, a cerca de um mês

Wilbur Ros: Secretário de Comércio afirmou que não sabe porque servidores buscam bancos de alimentos (Kevin Lamarque/Reuters)

Wilbur Ros: Secretário de Comércio afirmou que não sabe porque servidores buscam bancos de alimentos (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 19h37.

Nova York - O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, sugeriu nesta quinta-feira que os servidores do governo federal que estão sem receber devido à paralisação parcial peçam empréstimos para cobrir suas despesas e disse não entender porque alguns deles estão recorrendo a banco de alimentos.

"Sei que estão indo e realmente não entendo porque. As obrigações que eles contraíram, como dívidas com um banco ou instituição financeira, estão garantidas pelo governo federal", disse Ross em entrevista concedida ao programa "Squawk Box", da "CNBC".

"Não há razão para que eles não sejam capazes de pedir um empréstimo e cobrir esses 30 dias porque há instituições financeiras que lhes oferecem opções", afirmou o secretário, que foi duramente criticado pela oposição democrata pelas declarações.

Ross ressaltou que os empresários seriam garantidos pelo governo e que, por esse motivo, não há razão para falar sobre crise de liquidez no mercado. No entanto, o secretário reconheceu que os servidores poderiam pagar juros caso pegassem dinheiro nos bancos.

A maior instituição de crédito do mundo, a Navy Federal Credit Union, tem um programa de empréstimos sem juros de até US$ 6 mil. Não é necessário oferecer nenhuma garantia para pegar o dinheiro, mas apenas pessoas que tenham conta têm acesso à operação.

Outros bancos oferecem planos para antecipar o pagamento dos salários do governo federal sob certas condições, mas acabam sendo mais restritivos que o Navy Federal Credit Union.

A paralisação parcial do governo dos EUA já dura 34 dias, a mais longa da história. Sem dinheiro, vários órgãos federais estão sem funcionar e cerca de 800 mil servidores trabalham sem receber seus salários em dia.

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