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Secretário de Estado dos EUA viaja a Israel para declarar apoio irrestrito de Washington

O presidente americano, o democrata Joe Biden, disse, nesta quarta, que reiterou em um telefonema a Netanyahu o apoio "inabalável" dos Estados Unidos

A Casa Branca anunciou, nesta quarta-feira, que a Marinha americana está pronta para enviar um segundo porta-voz para a região, além do já enviado, "se for necessário" (TOM BRENNER / POOL/AFP)

A Casa Branca anunciou, nesta quarta-feira, que a Marinha americana está pronta para enviar um segundo porta-voz para a região, além do já enviado, "se for necessário" (TOM BRENNER / POOL/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 11 de outubro de 2023 às 19h05.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, viajou a Israel, nesta quarta-feira, 11, em uma demonstração de solidariedade após o ataque do grupo islamita palestino Hamas, depois do qual Washington cerrou fileiras com seu aliado tradicional, que lançou uma dura represália contra a Faixa de Gaza.

Blinken tem previsto chegar a Israel na quinta-feira para uma visita-relâmpago, na qual provavelmente encontrará o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que prometeu uma resposta implacável ao que chamou de "selvageria" dos militantes islamitas.

O presidente americano, o democrata Joe Biden, disse, nesta quarta, que reiterou em um telefonema a Netanyahu o apoio "inabalável" dos Estados Unidos.

Enquanto isso, o Departamento de Estado informou que o número de cidadãos americanos mortos na violência no Oriente Médio tinha aumentado para "pelo menos 22". Também se acredita que um número indeterminado de reféns americanos esteja nas mãos do Hamas.

Em um desvio dos habituais apelos americanos à moderação quando a violência explode no exterior, Biden e seu governo têm deixado claro que apoiam o direito de Israel a uma resposta contundente.

Em um discurso na terça-feira, um presidente visivelmente emocionado condenou o ataque do Hamas, que incluiu assassinatos de crianças, de participantes de um festival de música e outros civis, e que desencadeou uma guerra na qual o número de mortos aumenta constantemente dos dois lados.

"Há momentos nesta vida - digo, literalmente - em que um mal puro e não adulterado é solto neste mundo", disse Biden.

Apoio irrestrito

O porta-voz de Blinken, Matthew Miller, deixou claro que o chefe da diplomacia americana vai estreitar laços com Netanyahu, que teve uma relação difícil no passado com Biden e outros democratas, em parte devido à sua oposição à soberania palestina.

"Também vai discutir medidas para reforçar a segurança de Israel e ressaltar o apoio inabalável dos Estados Unidos ao direito de Israel a se defender", acrescentou.

A Casa Branca anunciou, nesta quarta-feira, que a Marinha americana está pronta para enviar um segundo porta-voz para a região, além do já enviado, "se for necessário".

No entanto, funcionários americanos têm dito que consideram que a luta é contra o Hamas, não contra o povo palestino, e receberam com agrado uma mudança radical da União Europeia quanto a uma proposta inicial de cortar a ajuda ao desenvolvimento para os palestinos.

Israel anunciou que vai cortar o fornecimento de alimentos, de energia elétrica e água na Faixa de Gaza, um território densamente povoado e empobrecido, governado pelo Hamas e sob um bloqueio israelense desde 2007.

Contexto complicado

A Casa Branca disse estar "trabalhando ativamente" com Israel e o vizinho, Egito, para dar aos civis uma passagem segura para sair de Gaza.

Para complicar ainda mais as opções políticas, tanto para os Estados Unidos quanto para Israel, o Hamas fez um grande número de reféns e ameaça matá-los.

Em seu último balanço, a Casa Branca informou que 17 americanos estão desaparecidos em Israel.

Blinken seguirá de Israel para a Jordânia, um parceiro próximo dos Estados Unidos, que tem um tratado de paz com Israel desde 1994 e historicamente manifesta preocupação com os sobressaltos nos territórios palestinos.

Anteriormente, Biden criticou Netanyahu pela reforma do poder judiciário promovida por seu governo de extrema direita e sua busca por assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada.

Essas diferenças agora parecem ter ficado de lado, pois Netanyahu alcançou um acordo, nesta quarta-feira, para formar um governo de emergência em tempos de guerra, do qual faz parte o líder da oposição Benny Gantz.

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