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Secretário de Estado americano espera extradição de Snowden

John Kerry afirmou que espera que os países latino-americanos e a Rússia cumpram com a lei e extraditem o ex-funcionário da CIA


	O secretário de Estado dos EUA, John Kerry: além do pedido, Kerry advertiu sobre possíveis consequências para Hong Kong por ter "recebido" Snowden
 (REUTERS/Mladen Antonov/Pool)

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry: além do pedido, Kerry advertiu sobre possíveis consequências para Hong Kong por ter "recebido" Snowden (REUTERS/Mladen Antonov/Pool)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 12h29.

Nova Deli - O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta segunda-feira que espera que os países latino-americanos e a Rússia cumpram com a lei e extraditem Edward Snowden.

Além disso, advertiu sobre possíveis consequências para Hong Kong por ter "recebido" o ex-técnico da CIA.

Kerry, que está em Nova Deli em visita oficial, disse durante uma entrevista coletiva que os países latino-americanos "apropriados" foram notificados do status legal de Snowden, acusado nos Estados Unidos pelo vazamento de documentos secretos.

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, reconheceu que o ex-funcionário da CIA pediu asilo político no país andino, embora Quito ainda não tenha se pronunciado a respeito.

O chefe da diplomacia americana lembrou também que seu país extraditou sete prisioneiros à Rússia nos dois últimos anos, nação onde acredita-se que Snowden esteja neste momento.

"A reciprocidade na lei é uma parte importante das relações", ressaltou Kerry.

"Mas historicamente sabemos que há países que agem em desacordo com esse processo", explicou o diplomata, que acrescentou que o destino final de Snowden, ex-funcionário terceirizado da Agência de Segurança Nacional (NSA) é desconhecido.


Sobre a saída de Snowden de Hong Kong, Kerry afirmou que "seria muito decepcionante se tiverem deixado ele embarcar em um avião após receberem a notificação sobre seu status legal nos Estados Unidos".

Hong Kong e Estados Unidos mantêm um tratado de extradição e Kerry afirmou que se as autoridades da ilha não "tiverem respeitado as leis, isso afetará as relações com os americanos, além de resultar em consequências".

O diplomata questionou durante a coletiva se Snowden teria escolhido a "China e a Rússia em sua fuga da justiça por querer chamar atenção para a questão da liberdade de expressão e de acesso à internet nestes países".

Kerry defendeu, além disso, os programas de espionagem secretos revelados por Snowden e garantiu que "atos terroristas foram evitados e vidas salvas" graças a eles.

O americano afirmou que "há muitos mal-entendidos" em relação a estes programas e que o sigilo dos e-mails e das conversas telefônicas dos cidadão não foram quebrados.

"Só quando se estabelece uma relação com possíveis terroristas se pode ter acesso à informação com os maiores padrões da lei, e com a permissão da justiça", disse Kerry.

Snowden fugiu de Hong Kong e foi para Moscou no começo de junho, antes de revelar ao jornal britânico "The Guardian" informações sobre dois programas secretos de espionagem da NSA.

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