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Secretário de Defesa dos EUA diz não ter problemas com imprensa

Desde que assumiu a Presidência, em 20 de janeiro, Trump criticou duramente diversos veículos da mídia que relataram revelações pouco favoráveis

Mattis: "Tive alguns momentos bem controversos com a mídia. Mas não, a imprensa, até onde sei, é um eleitorado que temos que lidar" (François Lenoir/Reuters)

Mattis: "Tive alguns momentos bem controversos com a mídia. Mas não, a imprensa, até onde sei, é um eleitorado que temos que lidar" (François Lenoir/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 16h13.

Abu Dhabi - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, se distanciou neste domingo dos comentários do presidente Donald Trump de que a mídia é "o inimigo do povo americano", dizendo durante sua primeira visita ao Oriente Médio que não tem problemas com a imprensa.

Mattis, general da reserva dos fuzileiros navais visto como uma das vozes de maior influência no gabinete de Trump, não mencionou o presidente por nome.

Mas perguntado sobre publicação de Trump no Twitter na sexta-feira, na qual definiu a mídia como inimiga dos EUA, Mattis assumiu um posicionamento diferente.

"Tive alguns momentos bem controversos com a mídia. Mas não, a imprensa, até onde sei, é um eleitorado que temos que lidar", disse a repórteres que viajavam com ele nos Emirados Árabes Unidos. "E eu não tenho nenhum problema com a imprensa, pessoalmente", acrescentou Mattis.

Desde que assumiu a Presidência, em 20 de janeiro, Trump criticou duramente diversos veículos da mídia que relataram revelações pouco favoráveis ou outros problemas na Casa Branca.

Ele descreveu os veículos como "mentirosos", "corruptos" e "fracassados" e na sexta-feira disse que a mídia é "o inimigo do povo americano".

Perguntando sobre o comentário mais recente, o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, disse ao programa "Face the Nation", da rede CBS: "Acho que vocês deveriam levar (o comentário de Trump em publicação no Twiter) a sério".

"Certamente nunca iríamos tolerar violência. Mas penso que toleramos pensamento crítico", disse Priebus, acrescentando que a mídia, em alguns casos, precisa "se organizar".

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