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Secretário da OEA afirma que organismo não pode ser "neutro"

Em evento, Almagro, que foi chanceler do Uruguai durante o governo Mujica, falou da necessidade de tornar a democracia cada vez mais participativa

Almagro: o secretário-geral manteve uma postura firme perante o governo venezuelano durante a crise atual (Jorge Cabrera/Reuters)

Almagro: o secretário-geral manteve uma postura firme perante o governo venezuelano durante a crise atual (Jorge Cabrera/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2017 às 21h58.

Miami - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmou nesta quarta-feira que o organismo interamericano não pode ser "neutro" e deve defender sempre os valores e princípios democráticos.

Almagro falou assim na Cúpula Latino-Americana de Marketing Político e Governança que acontece em Miami, onde discursou antes da entrega de prêmios.

Almagro, que foi chanceler do Uruguai durante o governo de José Mujica, falou da necessidade de tornar a democracia cada vez mais participativa e ressaltou que a OEA fomenta uma cultura de "entendimento e consenso".

O secretário-geral, que manteve uma postura firme perante o governo venezuelano durante a crise atual, disse, sem mencionar em nenhum momento a Venezuela ou outro país, que o organismo que dirige não pode ser utilizado para "silenciar" as denúncias dos cidadãos quando ocorrem violações dos direitos humanos.

Além disso, destacou que de seu posto vai ser um "aguerrido defensor" dos direitos desses cidadãos, declaração que foi recebida com aplausos pelo público.

Almagro reforçou em seu discurso que é necessário dar mais direitos a mais pessoas e declarou que o sistema democrático consiste cada vez mais em "articular as demandas dos cidadãos em sua vida cotidiana".

"A exclusão e a desigualdade de oportunidades de progresso são dois dos elementos que mais alimentam o desencanto com a democracia", comentou.

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