Mundo

Secretária de Comércio dos EUA convoca cúpula para debater chips

O Departamento de Comércio disse que visa criar e manter “um diálogo aberto sobre semicondutores e questões da cadeia de suprimentos” e que deseja reunir fornecedores e consumidores de chips

EUA: como parte de seu plano de infraestrutura, Biden propôs US$ 50 bilhões em financiamento para pesquisa e desenvolvimento de semicondutores (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EUA: como parte de seu plano de infraestrutura, Biden propôs US$ 50 bilhões em financiamento para pesquisa e desenvolvimento de semicondutores (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

B

Bloomberg

Publicado em 11 de maio de 2021 às 11h47.

Por Jenny Leonard

A secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, planeja uma reunião com empresas afetadas pela escassez global de semicondutores, que incluirá as maiores fabricantes de chips e montadoras do país, segundo pessoas a par dos planos.

Raimondo convocará a reunião no dia 20 de maio, de acordo com convite enviado às empresas e obtido pela Bloomberg News. No convite, o Departamento de Comércio disse que visa criar e manter “um diálogo aberto sobre semicondutores e questões da cadeia de suprimentos” e que deseja reunir fornecedores e consumidores de chips.

As empresas convidadas para a reunião virtual incluem Intel, Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., Samsung Electronics, Google, Amazon.com, General Motors e Ford Motor, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

A Casa Branca e uma porta-voz do Departamento de Comércio não responderam de imediato a um pedido de comentário.

Raimondo reiterou na semana passada que é improvável que o governo encontre uma solução rápida para a falta de chips, que tem paralisado fábricas de automóveis na América do Norte e causado atrasos na produção de eletrônicos e equipamentos médicos.

“Estamos trabalhando nisso, mas não há uma solução rápida”, disse Raimondo na sexta-feira, após reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, e outros membros do gabinete sobre infraestrutura.

“Estamos em contato constante com montadoras, com empresas de semicondutores. Vamos tentar fazer o que pudermos para amenizar a escassez no curto prazo, mas, no longo prazo, a solução é depender menos da China e de Taiwan e fabricar mais chips na América”, acrescentou.

Como parte de seu plano de infraestrutura, Biden propôs US$ 50 bilhões em financiamento para pesquisa e desenvolvimento de semicondutores. A medida tem apoio bipartidário no Capitólio e pode avançar como parte de um projeto de lei de competitividade mais amplo em relação à China, que provavelmente terá um cronograma mais rápido do que a proposta de Biden.

No mês passado, o presidente dos EUA e assessores convocaram uma reunião para debater questões da cadeia de suprimentos de semicondutores na Casa Branca. A expectativa é que muitas das empresas que participaram dessa reunião participem do encontro com Raimondo.

A equipe do Departamento de Comércio deve se reunir nesta semana com representantes corporativos para elaborar a agenda da cúpula de Raimondo, de acordo com pessoas a par do assunto.

  • Quer saber tudo sobre a política internacional? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:ChipsEstados Unidos (EUA)Montadoras

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia