Para pesquisadores, parte do impacto pode ser revertido com a vinda das chuvas (Antonio Scorza/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 17h24.
O pesquisador norte-americano Christopher Potter, da (NASA) Agência Espacial dos EUA, desenvolveu um estudo alertando sobre os impactos ambientais da seca amazônica, ocorrida entre julho e setembro de 2010. Segundo ele, as emissões de CO2 da seca extrema foram superiores a todo o montante emitido pela Índia no último ano.
O estudo, publicado na revista científica “Environmental Research Letter”, foi feito com base em imagens de satélite que mostram a região antes e depois da falta de chuva. Também foram considerados os dados de simuladores do ciclo de carbono.
A seca do segundo semestre de 2010 foi a pior já registrada na história recente da Amazônia, sendo que os locais mais afetados foram o Acre, a parte oeste do Amazonas, o Equador e a Colômbia.
Os especialistas que auxiliaram a produção do estudo disseram que os impactos causados pela seca são equivalentes ao do desmatamento e dos incêndios. As plantas situadas nas áreas atingidas pelo evento climático deixam de aprisionar o CO2, emitindo todos os gases que haviam sido armazenados por anos.
Mesmo assim, os pesquisadores dizem que parte do impacto pode ser revertido, conforme as chuvas voltarem e a área florestada for se recuperando, como ocorreu em após a seca de 2005.