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Se for eleito, Romney preparará EUA 'para guerra' contra Irã

Favorito para ser o candidato republicano disse que Barack Obama é ingenuo ao tratar a questão

Mitt Romney: os EUA "nunca permitirão ao Irã obter armas nucleares" (Darren McCollester/Getty Images)

Mitt Romney: os EUA "nunca permitirão ao Irã obter armas nucleares" (Darren McCollester/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2011 às 17h13.

O pré-candidato republicano Mitt Romney acusou esta quinta-feira o presidente americano, Barack Obama, de ser ingenuo perante o Irã e prometeu que se for eleito presidente, "preparará a guerra" contra a República Islâmica.

Em artigo publicado no jornal The Wall Street Journal, Romney diz que apoiaria a diplomacia americana "com uma opção militar muito real e confiável", mobilizando tropas militares no Golfo e potencializando a ajuda militar a Israel.

"Estas ações darão um sinal inequívoco ao Irã de que os Estados Unidos, agindo em consonância com seus aliados, nunca permitirão ao Irã obter armas nucleares", redigiu.

Romney, favorito na corrida à candidatura republicana à Presidência, apoiou em seu texto o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), publicado esta semana, que mencionava "provas confiáveis" de que o Irã havia trabalhado no desenvolvimento de uma bomba nuclear.

O Irã nega que esteja desenvolvendo armas nucleares e insiste em que seu programa nuclear tem como objetivo gerar eletricidade. No entanto, o relatório da AIEA gerou inquietações nos países ocidentais por mais sanções por parte da ONU e pedidos de Israel para que o mundo aja para evitar que Teerã consiga armas nucleares.

Romney afirma que os Estados Unidos precisam de "uma política muito diferente".

O aspirante à Casa Branca criticou o governo atual por fracassar em obter o apoio de Moscou para uma ação mais dura contra Teerã como preço para restabelecer as relações entre os Estados Unidos e a Rússia, bem como a recusa de Obama de se envolver na Revolução Verde iraniana, em 2009.

Robert Gates, secretário da Defesa republicano da administração Obama até o começo deste ano, se manifestou em várias ocasiões contra o uso de força militar no Irã, argumentando que só isto só faria com que o programa nuclear iraniano fosse ainda mais clandestino.

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