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Satélites reforçam tese que avião voou por mais 5 horas

Satélites receberam transmissões de avião malaio durante cerca de quatro ou cinco horas depois que a aeronave sumiu dos radares, diz WSJ


	Avião da Malaysia Airlines: no entanto, as autoridades da Malásia desmentem por enquanto essa informação
 (Wikicommons)

Avião da Malaysia Airlines: no entanto, as autoridades da Malásia desmentem por enquanto essa informação (Wikicommons)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 09h38.

Washington - Os satélites de comunicação receberam transmissões breves e intermitentes do avião da Malaysia Airlines, desaparecido na última sexta-feira com 239 pessoas a bordo, durante cerca de quatro ou cinco horas depois que a aeronave sumiu dos radares, informou nesta quinta-feira o "The Wall Street Journal" dos Estados Unidos.

Segundo os especialistas americanos consultados pelo jornal, a última transmissão breve ("ping") enviada do avião para um dos satélites operados pela Inmarsat foi feita de uma altitude "normal" de voo, o que evidenciaria que, pelo menos até esse momento, a aeronave estava intacta.

O "Wall Street Journal" foi o primeiro veículo de comunicação a apontar na última quarta-feira que o avião pode ter continuado voando por horas depois que seu sinal sumiu dos radares, uma informação que foi baseada nos dados enviados automaticamente do motor do Boeing 777-200 para a fabricante Rolls-Royce.

No entanto, as autoridades da Malásia desmentem por enquanto essa informação, como deixou claro nesta quinta-feira o ministro da Defesa e titular interino dos Transportes desse país, Hishamudin Hussein.

Segundo o jornal americano, a fabricante do motor recebe automaticamente os dados sobre altitude e velocidade das turbinas como parte de seus acordos de manutenção com a companhia aérea.

A leitura das referências do MH370 supõe que a aeronave voou por mais quatro ou cinco horas desde o seu desaparecimento dos radares da Malásia, de acordo com as fontes da publicação.


Com isso, o avião pode ter percorrido até 2,2 mil milhas náuticas e alcançado pontos como o Oceano Índico, a fronteira com o Paquistão e o Mar Arábico, explicaram os pesquisadores americanos.

Precisamente, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse nesta quinta-feira que, devido aos novos indícios analisados pelos especialistas, as buscas pelo avião podem ser ampliadas até o Oceano Índico.

Carney não quis confirmar as informações de alguns meios americanos sobre a possibilidade de que o Boeing 777-200 tivesse continuado voando por mais quatro ou cinco horas desde que seu sinal sumiu quando sobrevoava o Golfo da Tailândia.

"Há uma probabilidade significativa de que o avião de Malaysia Airlines esteja no fundo do Oceano Índico", disseram nesta quinta-feira à emissora "CNN" fontes oficiais americanas, que basearam essa afirmação nas informações que foram compartilhadas pela Malásia com as autoridades dos EUA.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur no último sábado às 0h41 locais (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada em Pequim cerca de seis horas mais tarde.

O Boeing 777-200 levava combustível suficiente para 7,5 horas de voo e transportava 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 pessoas.

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