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Sarney diz ser contra sigilo nos orçamentos da Copa

O senador afirmou que que os senadores devem derrubar o artigo que permite ao governo manter em sigilo os orçamentos feitos por órgãos da União

Sarney: "Minha opinião a respeito é que não se pode prejudicar o que já foi concedido aos Estados que recebem royalties, mas daqui para frente tem de ser uma certa distribuição nacional" (José Cruz/ABr)

Sarney: "Minha opinião a respeito é que não se pode prejudicar o que já foi concedido aos Estados que recebem royalties, mas daqui para frente tem de ser uma certa distribuição nacional" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 16h34.

São Paulo - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), manifestou-se hoje contrário ao artigo da medida provisória 527, editada pela presidente Dilma Rousseff, que permite ao governo manter em sigilo os orçamentos feitos por órgãos da União, Estados e municípios para as obras da Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Ele previu que os senadores derrubarão o artigo, para manter o texto original da MP.

Aprovado pelos deputados na semana passada, dentro do chamado Regime Diferenciado de Contratações (RDC), o sigilo foi criticado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para quem não se pode ter despesa pública protegida por sigilo.

Para Sarney, o Senado deve encontrar uma maneira de retirar esse artigo da MP, uma vez que ele dá margem a que se levantem muitas dúvidas sobre os orçamentos da Copa. "Não vejo nenhum motivo para que se possa retirar a Copa das normas gerais que têm todas as despesas da administração pública", alegou.

A Câmara dos Deputados ainda terá de examinar cinco destaques da MP. A proposta só deve chegar ao Senado no início de julho.

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