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Sarkozy vê ameaça em excesso de planos de austeridade

Presidente francês teme que que prática prejudique a recuperação e leve a uma recessão global

Nicolas Sarkozy: medo de uma recessão global (Wikimedia Commons)

Nicolas Sarkozy: medo de uma recessão global (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 16h04.

Paris - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, advertiu as nações do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) e os emergentes contra a implementação disseminada e simultânea de planos de austeridade. Na opinião dele, isso poderia prejudicar a frágil recuperação global.

As políticas de austeridade em uma escala global "ameaçam lançar o mundo de volta à recessão", afirmou Sarkozy hoje, em mensagem anual a embaixadores franceses reunidos no palácio presidencial. "A redução do déficit e da dívida, que são essenciais, devem ser graduais e, mais importante, dignas de crédito", acrescentou.

A preocupação com a dívida dos países e a desaceleração no crescimento nas economias desenvolvidas levaram recentemente temor aos mercados. Nesse contexto, Sarkozy pediu às nações do G-20 que elaborem um plano para fortalecer a economia global.

Segundo o presidente, as economias emergentes, menos pressionadas por suas dívidas, devem ter um papel crucial na retomada do crescimento mundial, fortalecendo suas demandas domésticas.

Sarkozy disse que, para conter os desequilíbrios globais, "é essencial que esses países reequilibrem seus modelos econômicos" para estimular a demanda doméstica. Sarkozy afirmou que tratou do assunto com o presidente da China, Hu Jintao, quando fez uma parada em Pequim para uma reunião.

Os comentários de Sarkozy sobre os riscos da austeridade disseminada, que ecoam declarações similares da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, são feitos no momento em que várias nações da zona do euro anunciaram grandes cortes no orçamento, a fim de manter o acesso aos mercados financeiros.

A própria França divulgou na semana passada um pacote de 12 bilhões de euros em cortes de despesas, em um momento de temor entre investidores sobre a capacidade do país de manter seu rating (nota) AAA. As informações são da Dow Jones.

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