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Sarkozy rejeita influência de agências sobre política

Após Standard & Poor's tirar o 'triplo A' do país, presidente da França pede cautela na análise das decisões das agências de classificação

Sarkozy: "Não são as agências de classificação que devem definir as políticas econômicas dos países" (Charles Platiau/AFP)

Sarkozy: "Não são as agências de classificação que devem definir as políticas econômicas dos países" (Charles Platiau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 19h10.

Madri - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, manifestou nesta segunda-feira sua rejeição à influência das agências de classificação de risco na definição da política econômica dos países.

Em entrevista coletiva conjunta com o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, pediu cautela na análise das decisões das agências de classificação, ao ser perguntado sobre as consequências do rebaixamento da nota da dívida da França por parte da agência Standard & Poor's (S&P), que na sexta-feira passada tirou o chamado 'triplo A' de Paris.

'Não são as agências de classificação que devem definir as políticas econômicas dos países', afirmou Sarkozy, ainda sobre a decisão da S&P. 'É preciso reagir a essas decisões com sangue frio. Isso não muda nada'.

O chefe de Estado francês, que em abril concorrerá à reeleição no pleito presidencial de seu país, disse que o mundo enfrenta 'uma crise sem precedentes' e os países europeus precisam se concentrar em 'reduzir o déficit, reduzir os gastos e melhorar a competitividade de nossa economia para recuperar o crescimento'.

Em sua visita a Madri, Sarkozy recebeu o apoio de Rajoy à ideia de fixar uma taxa às transações financeiras no âmbito europeu, medida respaldada pela Espanha.

O presidente francês é o primeiro líder estrangeiro a se reunir com Rajoy em Madri desde que o espanhol assumiu o cargo de primeiro-ministro, em dezembro. Sarkozy elogiou as primeiras medidas adotadas pelo novo governo espanhol para reduzir o déficit público do país.

Rajoy também expressou as convergências entre os dois líderes. 'Concordamos que não basta reduzir o déficit e trabalhar para a estabilidade orçamentária, mas são necessárias reformas para o crescimento econômico de nossos países', declarou o premiê espanhol. 

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