Mundo

Sarkozy pede que não haja vingança após captura de suspeito

Em breve comparecimento ao Palácio do Eliseu, sede da Presidência, Sarkozy pediu união a toda população e que não vincule o ocorrido com crenças religiosas

Sarkozy discursou após se reunir no Eliseu com representantes das comunidades judaicas e muçulmanas na França (Lionel Bonaventure/AFP)

Sarkozy discursou após se reunir no Eliseu com representantes das comunidades judaicas e muçulmanas na França (Lionel Bonaventure/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2012 às 09h37.

Paris - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu nesta quarta-feira aos franceses que não desejem a vingança após os assassinatos em Toulouse e Montauban, para demonstrar que 'o terrorismo não fraturará o país'.

Em breve comparecimento ao Palácio do Eliseu, sede da Presidência, Sarkozy pediu união a toda população e que não vincule o ocorrido com crenças religiosas.

Sarkozy parabenizou a Polícia 'pela rapidez da investigação e a mobilização excepcional' e indicou que seu pensamento neste momento está nas 'vítimas dessa barbárie' e nos soldados feridos nesta noite na operação na qual o suspeito foi encurralado.

O presidente francês, candidato à reeleição nas eleições de abril-maio, destacou que o ministro do Interior, Claude Guéant, e os agentes estão fazendo tudo para que o jovem, de 24 anos, 'seja detido e apresentado à Justiça para prestar contas pelos crimes dos quais é suspeito'.

Sarkozy discursou após se reunir no Eliseu com representantes das comunidades judaicas e muçulmanas na França e revelou que na tarde desta quarta-feira irá a Toulouse visitar os dois policiais feridos e depois presidirá na vizinha Montauban uma cerimônia em homenagem aos três militares assassinados.

Pouco antes de seu discurso, o presidente do Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), Mohamed Moussaoui, que participou desse encontro, ressaltou que não aceitará que sua religião 'seja associada à violência' cometida por esse homem.

Como relatou Guéant nesta quarta, o suspeito afirmou pertencer a Al Qaeda e afirmou que matou os três soldados franceses em protesto pela intervenção francesa no Afeganistão e as crianças judias para vingar os palestinos.

O candidato socialista às presidenciais, François Hollande, também fez uma declaração na qual lembrou que 'a luta contra o terrorismo deve continuar sem descanso' e que esse combate 'é de toda a República, independentemente dos fatos que neste momento possam nos separar'.

Hollande acrescentou que espera essa operação termine o mais rápido possível 'para colocar fim a uma angústia insuportável' e expressou ainda seu 'alívio e o de todos os franceses' pelo fato de o suspeito 'ter sido identificado e localizado'. 

Acompanhe tudo sobre:JudeusMassacresNicolas SarkozyPolíticos

Mais de Mundo

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia

Irã manterá diálogos sobre seu programa nuclear com França, Alemanha e Reino Unido

Eleições na Romênia agitam país-chave para a Otan e a Ucrânia

Irã e Hezbollah: mísseis clonados alteram a dinâmica de poder regional