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Sarkozy pede mudança profunda na luta antiterror na França

Após afirmar que o ataque de hoje foi "particularmente desumano", Sarkozy disse que a situação deve conduzir ao país a uma maior lucidez


	Nicolas Sarkozy: "Temos que ser implacáveis. As precauções, os contextos de uma ação incompleta não são admissíveis"
 (Kenzo Tribouillard/AFP)

Nicolas Sarkozy: "Temos que ser implacáveis. As precauções, os contextos de uma ação incompleta não são admissíveis" (Kenzo Tribouillard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 11h57.

Paris - O ex-presidente da França e líder da oposição conservadora, Nicolas Sarkozy, pediu nesta terça-feira uma mudança profunda na luta contra o terrorismo no país após o atentado contra uma igreja na Normandia.

"Temos que ser implacáveis. As precauções, os contextos de uma ação incompleta não são admissíveis", ressaltou Sarkozy em uma entrevista na sede de seu partido, Os Republicanos.

Após afirmar que o ataque de hoje foi "particularmente desumano", Sarkozy disse que a situação deve conduzir ao país a uma maior lucidez, entendendo se deve "mudar profundamente a dimensão e a estratégia da nossa resposta".

"Nosso inimigo não tem tabus, limites, moral, nem fronteiras. Temos que ser implacáveis", afirmou o ex-presidente, citando o fato de uma das vítimas, um padre, ter sido degolada.

Sarkozy pediu ao governo que aplique "todas as propostas" que apresentou nos últimos meses. E que faça "sem demora", porque o país não pode "seguir perdendo tempo." "É uma guerra. Não há outra opção que realizá-la e vencê-la", concluiu.

Os Republicanos exigiram nos últimos tempos um endurecimento das medidas antiterroristas. Já Sarkozy, em particular, pediu um maior controle das 11,4 mil pessoas fichadas pelo serviço secreto francês por suspeitas de vínculos com o terrorismo. Para o ex-presidente, os estrangeiros suspeitos deveriam ser "expulsos urgentemente".

Quanto aos franceses, Sarkozy defende que eles usem tornozeleiras eletrônicas. Além disso, eles teriam movimentação restringida por decisão administrativa ou seriam internados em "centro de retenção".

O presidente da França, François Hollande, que foi à igreja onde ocorreu o ataque, afirmou que é preciso combater o Estado Islâmico (EI) - que reivindicou o atentado - por todos os meios possíveis, mas respeitando as leis. "É isso que faz com que sejamos uma democracia", disse. EFE

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