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Sarkozy confirma que França propôs novo plano para Grécia

A nova proposta contempla a participação do setor bancário, mas reduz o grau de envolvimento das instituições financeiras

As taxas de juros seriam por um lado equivalentes ao que a Grécia tem que pagar aos órgãos públicos que garantiram seu resgate, e, por outro, variáveis, indexadas sobre o PIB (Aris Messinis/AFP)

As taxas de juros seriam por um lado equivalentes ao que a Grécia tem que pagar aos órgãos públicos que garantiram seu resgate, e, por outro, variáveis, indexadas sobre o PIB (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 08h53.

Paris - A França propôs a seus parceiros europeus um novo plano de resgate da Grécia que contempla a participação do setor bancário, mas reduz o grau de envolvimento das instituições financeiras, confirmou nesta segunda-feira em entrevista coletiva o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Trata-se de um plano revelado nesta manhã pela imprensa francesa, que já circula pelos corredores do Conselho Europeu e que em princípio foi recebido favoravelmente, segundo o jornal conservador "Le Figaro".

Na sexta-feira, o Tesouro e o setor financeiro franceses deram sinal verde ao plano, que sugere que bancos e seguradoras credores de dívida grega reinvistam 70% - e não 100% como é proposto até agora - do dinheiro quando esses empréstimos chegarem a seu vencimento.

Desse total, 50% desses capitais seriam colocados em novos créditos a 30 anos e os 20% restantes, em títulos de dívida de "cupom zero", ou seja, cujos juros não são cobrados conforme gerados, mas no vencimento.

As taxas de juros seriam por um lado equivalentes ao que a Grécia tem que pagar aos organismos públicos que garantiram seu resgate, e, por outro, variáveis, indexadas sobre um indicador da economia grega, como o Produto Interno Bruto (PIB).

Assim, a ideia seria tentar evitar o caráter obrigatório do método indicado até agora aos bancos, que implicaria que as entidades financeiras tivessem que reinvestir em dívida grega 100% do dinheiro obtido no vencimento desses empréstimos.

Como a Alemanha se negou a dar garantias para esses novos empréstimos aos quais os bancos se veriam implicados, o risco é que as agências de qualificação considerassem que não se tratava de um processo voluntário e, portanto, declarassem a Grécia em moratória.

As reações à proposta francesa devem começar a ser expressas a partir desta segunda-feira em ocasião da reunião de alto nível da qual participam representantes das autoridades europeias e do setor financeiro.

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