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São Paulo terá mais duas ciclorrotas entre zona leste e oeste

Trajeto foi escolhido pela CET, que se baseou nos caminhos que já são muito utilizados pela população; ainda assim, parte dos percursos passa por cruzamentos arriscados

Ciclorrotas serão inauguradas ainda este mês, dobrando a abrangência dessas vias na cidade (Mayra Rosa/CicloVivo)

Ciclorrotas serão inauguradas ainda este mês, dobrando a abrangência dessas vias na cidade (Mayra Rosa/CicloVivo)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 15h50.

São Paulo - A cidade de São Paulo ganhará mais duas ciclorrotas neste mês. O novo trajeto passará pela Lapa, e terá 18 quilômetros, e pela Mooca, com mais oito quilômetros até o Sesc Belenzinho. As novas rotas ligarão o Parque Villa-Lobos ao da Água Branca.

As ciclorrotas serão inauguradas ainda este mês, dobrando a abrangência dessas vias na cidade. O trajeto foi escolhido pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que se baseou nos caminhos que já são muito utilizados pela população, mesmo assim parte dos percursos passará por cruzamentos arriscados.

"A ideia é que as pessoas que fazem pequenas viagens dentro dos bairros, como para ir à padaria ou levar os filhos à escola, usem essas vias para andar de bicicleta, em vez de carro", diz a gerente de Planejamento da CET, Daphne Savoy, em entrevista ao Estadão.

Atualmente, as três ciclorrotas abertas (no Brooklin, em Moema e Butantã) somam 22 quilômetros de extensão, enquanto somente estes novos trechos chegam a 26 quilômetros. Para o engenheiro de tráfego Sergio Ejzenberg, as vias deveriam ser aplicadas em locais de pouco fluxo. "É preciso mudar a concepção de onde colocá-las. De preferência, escolher locais que sejam mais sossegados e tenham menos trânsito de caminhões e ônibus."

Opondo-se a esta sugestão, a cicloativista Renata Falzoni defende que as bikes devem ser levadas também para os pontos com tráfego mais pesado e acredita que é obrigação da população adequar-se a esta nova realidade, com respeito às bicicletas, como previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). "A cidade inteira tem de se adequar à movimentação dos ciclistas. Onde hoje o trânsito é carregado e rápido, deve-se diminuir a velocidade, quer os motoristas queiram ou não."

Ao contrário do que acontece com as ciclovias e ciclofaixas, não há sinalização da área para as bicicletas. A CET apenas pinta bikes nestas ruas para lembrar aos motoristas que a prioridade é do ciclista e são instaladas algumas placas de alerta. De qualquer modo, o órgão avaliará trechos e cruzamentos da nova ciclorrota e caso seja necessário, a sinalização será reforçada.

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