Mundo

São Paulo receberá sistema de acondicionamento subterrâneo de lixo

Cidade será a segunda, depois de Paulínia, a receber o sistema, que deverá chegar já em 2012

Com 99% dos materiais utilizados recicláveis, o sistema permite reduzir os custos da coleta em até 30%, utilizando menos mão de obra, deslocamento de veículos e energia (Divulgação/Sotkon)

Com 99% dos materiais utilizados recicláveis, o sistema permite reduzir os custos da coleta em até 30%, utilizando menos mão de obra, deslocamento de veículos e energia (Divulgação/Sotkon)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 10h53.

São Paulo - Paulínia, no interior de São Paulo, é a primeira cidade brasileira a receber as lixeiras especiais com os coletores instalados no subsolo das calçadas, onde os principais corredores da cidade estão recebendo 50 coletores para resíduos orgânicos e recicláveis. São Paulo é uma das próximas cidades a receber o sistema.

Com aproximadamente 20 mil unidades instaladas em várias partes do mundo, a empresa portuguesa Sotkon está lançando no Brasil um sistema patenteado, totalmente ecológico para coleta de resíduos. É o sistema mais simples para atender um grave problema, que é o lixo urbano. Com 99% dos materiais utilizados recicláveis, o sistema permite reduzir os custos da coleta em até 30%, utilizando menos mão de obra, deslocamento de veículos e energia.

A primeira cidade brasileira a receber os coletores instalados no subsolo é Paulínia (a 117 km de São Paulo), onde os principais corredores começam a receber a instalação de 50 conjuntos, operados a cargo da empresa Corpus, de limpeza urbana. São Paulo deverá contar com o sistema já em 2012. Com a separação do lixo no momento do descarte, também há redução de custos com a separação. É um sistema muito premiado na Europa, como o de melhor custo/benefício operacional e estético.

Segundo Sergio Machado, diretor-geral da Sotkon Brasil, empresa do Grupo Allegro Participações, o sistema consiste de recipientes em aço inoxidável, colocados na superfície sobre grandes contentores subterrâneos que comportam três metros cúbicos de lixo, equivalente a três mil litros. O sistema foi concebido focando ergonomia, facilidade de utilização e higiene e segurança. Uma grua hidráulica de pequenas dimensões automáticas, colocada no teto da caixa de recolha do caminhão tradicional, permite que se faça tanto a coleta dos contêineres subterrâneos como dos contentores tradicionais de rua.

Este conceito de coleta nasceu na Espanha em 1995 e rapidamente se espalhou por todo o mundo em razão da sua simplicidade. Por ser um sistema modular, as lixeiras tradicionais podem ser substituídas pelos coletores e mais conjuntos podem ser acrescentados para atender demandas locais. É fácil de limpar e manter e evita a infiltração da água.


O contentor é preenchido de forma equilibrada em razão da montagem central da lixeira. Como o sistema permite e estimula a separação de lixo desde a origem, incentivando a reciclagem e diminuem as quantidades a ser enviadas ao aterro. A redução do número de coletas é devido, entre outras coisas, ao tamanho dimensionado de três metros cúbicos.

“A "conteinerização" tem sido discutida exaustivamente em todo o mundo. Existem várias alternativas possíveis e todas são um grande avanço às "cestas" paulistanas ou sacos nas calçadas, sujeitos às nossas já tradicionais inundações, todas disputando lugar com pedestres e veículos. Porém as conteinerizações subterrâneas são as que mais trazem benefícios, principalmente em termos de saúde e higiene”, afirma Machado. De acordo com o diretor-geral, o sistema elimina o risco de que o lixo seja jogado de um lado para o outro, principalmente nas chuvas, evitando o entupimento de bueiros. Além disso, inibe a ação de eventuais depredações e corte das embalagens tradicionais (sacos de lixo) por vândalos e animais que espalham os dejetos pela cidade, reduzindo também a proliferação de pestes e vetores, além dos fortes odores.

Machado conta que a Europa e outras regiões no mundo estão abandonando o armazenamento tradicional do lixo para o modelo subterrâneo. “O sistema modifica completamente o que existe hoje, deixando as cidades muito mais limpas visualmente, e preservando o meio ambiente da poluição material e visual, permitindo e incentivando a coleta seletiva e, oferecendo uma grande solução para as cidades e seus condomínios residenciais e empresariais”, afirma.

“Esse sistema contribui para os projetos de coleta seletiva da cidade, reduz o entupimento de bueiros causado pelo lixo espalhado pelas ruas, proporciona segurança aos profissionais envolvidos, uma vez que eles não entram em contato direto com os resíduos no momento da coleta e as calçadas de Paulínia ficarão mais limpas”, diz o prefeito José Pavan Junior.

Acompanhe tudo sobre:LixoReciclagemSustentabilidade

Mais de Mundo

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"