Mundo

Santos defende voto de militares após fim de conflito armado

"Enquanto persistir o conflito armado, acredito que não, mas depois devemos pensar que sim", disse o presidente


	Juan Manuel Santos: "enquanto persistir o conflito armado, acredito que não, mas depois devemos pensar que sim", disse o presidente colombiano
 (Mike Segar/Reuters)

Juan Manuel Santos: "enquanto persistir o conflito armado, acredito que não, mas depois devemos pensar que sim", disse o presidente colombiano (Mike Segar/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 20h56.

O presidente Juan Manuel Santos se pronunciou nesta quarta-feira a favor de que os militares possam votar na Colômbia, como ocorre em "muitos países", mas advertiu que tal direito só poderá existir após o fim do conflito armado interno.

"Enquanto persistir o conflito armado, acredito que não, mas depois devemos pensar que sim", disse o presidente, em entrevista à Blu Radio.

"Prometi isto aos militares. Disse que se no final do meu mandato tivermos paz, isto será uma possibilidade real e estamos analisando com eles para ver o momento mais adequado", declarou Santos.

O senador Roy Barreras apresentou na véspera um projeto de lei para que os militares possam ter direito a voto. Isto "é algo que muitos países têm", destacou Santos.

A proposta de Barreras não prevê a participação dos militares na política.

"Quero corrigir uma injustiça histórica, os cidadãos uniformizados tiveram negado seu direito de votar em silêncio e em segredo como cidadãos que são", declarou o senador.

O governo Santos e a principal guerrilha do país - as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) - negociam em Cuba desde novembro de 2012 para acabar com mais de meio século de conflito, e esperam firmar um acordo nas próximas semanas.

O conflito colombiano envolveu guerrilhas, paramilitares, membros da força pública e grupos do narcotráfico, deixando 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaFarc

Mais de Mundo

Avião com 64 pessoas e helicóptero militar dos EUA colidem no ar em Washington, D.C

Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

'Não sou antivacina', diz Robert Kennedy Jr. no Senado americano

Governo Trump desiste de corte de repasses que barrou ao menos US$ 1 trilhão em recursos