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Sandy põe Romney em “saia justa” ambiental

Antes da tempestade, candidato republicano se dizia contrário à existência de um centro nacional de respostas a desastres naturais nos EUA. Parece que ele mudou de ideia


	Romney em campanha de arrecadação de doações para vítimas da tempestade Sandy, em Ohio
 (Getty Images)

Romney em campanha de arrecadação de doações para vítimas da tempestade Sandy, em Ohio (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 16h18.

São Paulo - Mitt Romney se meteu numa tremenda saia justa após a passagem de Sandy pelos Estados Unidos. Antes da tempestade, o candidato republicano à Casa Branca se dizia contrário à existência de um centro nacional de combate e resposta aos desastres naturais no país.

Em contrapartida, defendia que cada estado fizesse seu próprio plano de prevenção. "Sempre que se tem a oportunidade de tirar algo do governo federal e passar para as mãos dos estados, esse é o caminho certo, afirmou Romney durante um debate na CNN em junho de 2011 (veja no vídeo abaixo). E se você puder ir além, repassando a responsabilidade para o setor privado, é ainda melhor, arrematou.

Ao que tudo indica, a crítica – endereçada aos esforços nacionais de prevenção à desastre natural, o que inclui o Fema (Federal Emergency Management Agency ), órgão federal de gerenciamento de emergências dos EUA – não se sustentou diante dos ventos furiosos da tempestade, que matou mais de 80 pessoas e deixou outras 8 milhões no escuro no país.

Agora, a poucos dias das eleições, na próxima terça-feira (6), Romney muda o tom. Nesta quarta, o republicano manifestou reconhecimento ao trabalho exercido pelo FEMA, considerando ainda uma injeção de recursos no órgão de emergências. Acredito que o FEMA tem um papel fundamental de articulação com estados e municípios na prevenção e resposta de desastres naturais, disse Romney, conforme relata a agência AP.

Como presidente, vou garantir que o órgão tenha os fundos de que precisa para cumprir da melhor forma sua missão, e ao mesmo tempo, dirigir o máximo de recursos para os socorristas que trabalham incansavelmente para ajudar aqueles em necessidade, porque estados e municípios estão na melhor posição para ajudar as vítimas de um desastre natural, completou.

A mudança de postura, inevitavelmente, foi alvo do escrutínio da imprensa especializada do país. Naturalmente, Romney não reconheceu que mudou de oposição, ele só mudou, escreveu o editor do New York Times, Andrew Rosenthal, em sua coluna no jornal, sintetizando em seguida: Como de costume não há como dizer qual a posição que representa as crenças autênticas de Romney, ou se ele tem crenças autênticas – ou, mais crucial, qual posição o Presidente Romney iria tomar.

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