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Sanções contra Rússia são reversíveis, diz Comissão Europeia

A Comissão Europeia insistiu que as sanções contra a Rússia terão caráter reversível, se confirmado um cessar-fogo entre Kiev e rebeldes


	Separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia: UE irá endurecer sanções
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia: UE irá endurecer sanções (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 09h58.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) insistiu nesta segunda-feira que as sanções contra a Rússia, que previsivelmente serão adotadas nesta tarde por procedimento escrito, terão caráter "reversível" se for confirmado um cessar-fogo entre Kiev e os rebeldes pró-Rússia.

"O cessar-fogo será um elemento determinante para aplicar ou não as sanções", disse na entrevista coletiva diária da CE a porta-voz comunitária Pia Ahrenkilde.

Ahrekilde lembrou que o conjunto de restrições contra Moscou se baseia sobre as sanções já adotadas em julho e têm um caráter "reversível".

"Podemos ampliá-lo (o pacote de sanções) ou detê-lo em função do desenvolvimento no terreno", acrescentou a porta-voz.

Os embaixadores da UE acordaram na sexta-feira endurecer as sanções econômicas contra a Rússia nos mercados de capital, defesa, produtos de uso dual e tecnologias sensíveis, além de ampliar as restrições de viagem e o congelamento de bens a outros 24 dirigentes e oligarcas russos, crimeanos e de Donbass, a zona industrial no leste da Ucrânia onde se concentram os pró-Rússia.

O texto do acordo deve ser aprovado hoje mediante procedimento escrito, enquanto os detalhes das sanções serão revelados amanhã, uma vez sejam publicadas no Diário Oficial da UE.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, afirmou no domingo em entrevista à rede de televisão "VRT" que parece que a Rússia "só chega a negociações sérias com dificuldades", e recalcou que as sanções só serão reveladas se o cessar-fogo for durável e sejam iniciadas realmente as negociações de paz entre as partes.

As sanções da UE incluirão uma restrição do acesso ao financiamento nos mercados de capitais dos grandes bancos estatais, assim como de consórcios russos de defesa e energia, controlados em 51% pelo Estado ou cujos ingressos procedam pelo menos de 50% da venda de petróleo ou produtos petroleiros, segundo fontes comunitárias.

Também serão cortados de 90 a 30 dias os vencimentos dos instrumentos financeiros que poderiam comprar e vender estas empresas para financiamento, e serão proibidos os empréstimos para os bancos controlados pelo Estado russo, às empresas energéticas e de defesa.

Igualmente serão proibidos os serviços associados para atividades de perfuração em águas profundas, exploração no Ártico e produção de petróleo de xisto.

A UE endurecerá, além disso, a proibição de tecnologias de uso dual -aqueles produtos que têm propósitos civis como militares- para a Rússia ao incluir, além dos usuários finais militares ou o uso militar como até agora, também "usuários finais".

O bloco comunitário reforçará, além disso, o embargo de importação e exportação de armas à Rússia para "fechar lacunas".

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