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Sanções contra Rússia prejudicam mais UE e EUA, avisa Putin

Vladimir Putin disse que as sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia prejudicam mais seus autores que a Rússia


	Vladimir Putin: na Rússia, as perdas "são mínimas", disse o presidente russo
 (Alexander Demianchuk/Reuters)

Vladimir Putin: na Rússia, as perdas "são mínimas", disse o presidente russo (Alexander Demianchuk/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 14h15.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que as sanções econômicas impostas por Estados Unidos e União Europeia (UE) contra seu país prejudicam mais seus autores, onde as perdas "são mínimas".

"Sabemos dos prejuízos de empresas europeias e americanas como consequência das medidas russas de resposta (às sanções). Mas, como gosto de dizer nesses casos, esta não foi uma escolha nossa", disse Putin às agências locais.

Putin, que participou nesta sexta da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, em Duchambe (Tadjiquistão), ressaltou que "a política de sanções sempre causa danos concretos ao que recorrem a esse instrumento" e que "no caso da Rússia essa não é uma exceção".

"As sanções introduzidas hoje (sexta-feira) parecem estranhas", disse o presidente, advertindo que não pretende fechar as portas a nenhum parceiro comercial, mas que "sempre há alternativas" no caso de países que não queiram cooperar com Moscou.

Ao mesmo tempo, ele reconheceu que a economia russa também sente "dificuldades" devido às sanções ocidentes, mas ressaltou que elas "são mínimas".

Putin adiantou que o governo russo estudará mais "medidas de resposta" às novas sanções. Há dois meses, ele proibiu as importações de alimentos, frutas e verduras dos EUA e da UE.

"Se (o Governo) chegar à conclusão de que algumas medidas responderão aos interesses de nossa economia, nós as tomaremos. Mas só aquelas que acharmos benéficas a nós mesmos", destacou.

Além disso, o presidente acusou a UE de prejudicar o atual processo de paz na Ucrânia ao incluir dirigentes separatistas pró-Rússia do leste do país, como o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, em sua nova lista de sanções.

"Eu inclusive não entendo o que motiva estas novas sanções. Alguém pode não ter gostado de o processo ter tomado vias pacíficas. O que é isso? Uma tentativa de minar a paz? Eu não quero pensar assim, mas não há nenhuma lógica", criticou.

E lembrou que foram Bruxelas e Kiev que pediram a Moscou para intermediar a entrada dos dirigentes pró-Rússia de Donetsk e Lugansk nas negociações de paz de Minsk, que resultaram em um cessar-fogo.

Putin afirmou que, após conversar com o presidente ucraniano Petro Poroshenko, colocou um plano de ação de sete pontos para pacificar o leste da Ucrânia.

"Praticamente é a base dos acordos de paz assinados na reunião em Misk", declarou.

"É preciso destacar com satisfação que o processo começou e que os combates cessaram. Surgiu a oportunidade de alcançarmos, embora provisoriamente, um acerto político", insistiu.

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