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Salafista procurado por ataque anti-EUA desafia polícia

As forças de segurança mantiveram distância da mesquita, onde estavam mulheres e crianças

Salafistas gritam em frente a uma mesquita de Túnis, na Tunísia: quatro pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas naquele dia em meio aos protestos (©AFP / Salah Habibi)

Salafistas gritam em frente a uma mesquita de Túnis, na Tunísia: quatro pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas naquele dia em meio aos protestos (©AFP / Salah Habibi)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 18h34.

Túnis - O líder de um grupo jihadista tunisiano procurado pela polícia após o ataque à embaixada dos Estados Unidos em Túnis pregava nesta segunda-feira em uma mesquita local, desafiando as forças de segurança que cercaram o local.

Seif Allah Ibn Hussein (também conhecido por Abu Iyadh), atual chefe da rede "Ansar al-Sharia" (Defensores da sharia), pregava na mesquita Al-Fatah, exigindo a renúncia do ministro do Interior, Ali Larayedh, membro do partido islamita Ennahda, que dirige o governo.

As forças de segurança mantiveram distância da mesquita, onde estavam mulheres e crianças, de acordo com uma fonte da polícia. Após um tempo, os agentes se retiraram, depois de terem pedido aos fiéis que estavam na mesquita que deixassem o local.

Em seguida, uma multidão de seguidores de Abu Iyadh o ajudou a sair da mesquita e a escapar da polícia, que tentou detê-lo na sexta-feira em sua casa logo após os tumultos.

Em seu discurso, o líder salafista desafiou o ministro do Interior.

"Não temos medo das ameaças do ministro do Interior", disse.

Ele alegou ter convocado uma "manifestação pacífica" na sexta-feira contra o filme anti-islã "A inocência dos muçulmanos", produzido nos Estados Unidos, e acusou a polícia de ter "provocado os manifestantes sem garantir a segurança".

A atmosfera era tensa as proximidades da mesquita localizada entre duas ruas movimentadas de Túnis, onde muitos manifestantes se reuniram na última sexta-feira para protestar.

Quatro pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas naquele dia em meio aos protestos.

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