Soldados da Coreia do Sul praticam balé (REUTERS/Kim Hong-Ji)
Gabriela Ruic
Publicado em 26 de julho de 2016 às 12h40.
São Paulo – A península da Coreia vive em tensão com a crescente ameaça nuclear vinda do Norte. O clima de nervosismo é ainda maior na chamada Zona Desmilitarizada (DMZ), faixa de segurança que separa a Coreia do Norte da Coreia do Sul e uma das fronteiras mais bem protegidas do planeta.
Para acalmar os ânimos, os soldados da 25ª Divisão do exército sul-coreano que estão estabelecidos na região tem a oportunidade de praticar a arte do balé clássico, um dos estilos de dança mais delicados e técnicos.
Ao todo, as classes contam com 15 estudantes homens e são conduzidas semanalmente por uma das bailarinas da companhia Balé Nacional da Coreia há cerca de um ano. De acordo com a agência Reuters, a maioria deles jamais havia praticado essa dança.
“Há muita tensão por aqui”, contou um dos alunos à agência, “especialmente porque somos da unidade que está na linha de frente”. “Mas com o balé, consigo me manter mais calmo e encontrar equilíbrio”, continuou.
Os benefícios que o balé traz para o corpo não são novidades. Para se ter uma ideia, um estudo da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), que comparou o condicionamento físico de bailarinos profissionais com atletas da seleção britânica de natação, revelou os dançarinos eram até 25% mais fortes que os nadadores. Além disso, essa prática é conhecida pelos efeitos positivos que tem em amenizar sintomas de doenças como o Parkinson.
Um levantamento recente conduzido pelo site Global Firepower analisou as maiores potências militares do planeta e produziu um ranking para compará-las entre si. Com um orçamento de 33 bilhões de dólares, as forças armadas da Coreia do Sul conquistaram a 11ª posição na edição 2016 do estudo.
Os repórteres Nataly Pak e Minwoo Park, da agência Reuters, visitaram o local das aulas na cidade de Paju e registraram os melhores momentos dos soldados. Acompanhe nas imagens.