Mundo

S&P: crise nuclear pode afetar indústria energética da Europa

Segundo o relatório, companhias alemãs podem sofrer com a decisão do governo de paralisar usinas mais antigas

S&P acredita que limitar uso da energia nuclear pode trazer grandes consequências (Getty Images)

S&P acredita que limitar uso da energia nuclear pode trazer grandes consequências (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 20h56.

Copenhague - A crise nuclear japonesa pode ter consequências de longo alcance para os operadores atômicos europeus e os mercados de energia, segundo afirma um relatório da agência de qualificação de riscos Standard & Poor's (S&P) publicado nesta quinta-feira.

O documento estima que os efeitos a curto prazo serão "limitados" pela qualidade de crédito dos operadores nucleares europeus, embora "ligeiramente negativos" para as companhias alemãs pela decisão de seu Governo de fechar por três meses as sete usinas mais antigas.

S&P considera, além disso, que é possível registrar perdas potenciais nas operações para reduzir riscos, porque as companhias podem ser obrigadas a comprar e produzir energia mais cara que a produção nuclear fora de serviço.

Mas as consequências a médio e longo prazo poderiam ser maiores, "dependendo das repercussões do desastre do Japão nas políticas energéticas europeias em geral e na energia nuclear em particular", segundo S&P.

Qualquer decisão de restringir a contribuição da energia nuclear à provisão energética europeia "poderia levar inclusive a que se necessitem maiores investimentos em energia renováveis, principalmente eólica e hidrelétrica", segundo o relatório.

A lista de principais operadores europeus com capacidade nuclear inclui a francesa Electricité de France, a alemã E.ON e a sueca Vattenfall.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia nuclearEuropaIndústriaIndústrias em geralInfraestrutura

Mais de Mundo

Israel bombardeia Beirute e diz que alvo foi central do Hezbollah

Crise entre Israel e Líbano pode crescer e envolver Rússia e China, diz professor

Sob pressão para frear ofensivas no Líbano e Gaza, Netanyahu diz que está vencendo guerras

Bolívia deixa de vender gás para a Argentina e destina excedente de produção para o Brasil