Paul Ryan: "Por enquanto, temos mais perguntas do que respostas" (Yuri Gripas/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 15h19.
Washington - O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, argumentou nesta quinta-feira que o "terrível tiroteio" de ontem em uma escola da Flórida, no qual pelo menos 17 pessoas morreram, não pode ameaçar o direito dos cidadãos de possuir armas.
"Não acredito que devemos levantar o debate para retirar os direitos dos cidadãos. Obviamente esta conversa geralmente chega a este ponto. Neste momento acho que precisamos respirar e coletar os fatos", disse Ryan em uma entrevista concedida na manhã de hoje à emissora "WIBC" de Indiana.
O congressista apontou que, antes de tomar medidas, é necessário saber quais leis foram violadas e quais foram as motivações que supostamente levaram o ex-aluno Nikolas Cruz, de 19 anos, a perpetrar o massacre armado com um fuzil e vários carregadores em seu poder.
"Por enquanto, temos mais perguntas do que respostas", insistiu o republicano.
Ryan não hesitou em defender o atual governo, que foi criticado por não mostrar uma postura mais firme ao longo do primeiro ano de mandato, marcado por massacres como o de Las Vegas, que em outubro do ano passado teve 59 mortos, e os 17 tiroteios em escolas já ocorridos em 2018.
"Não é como se nada tivesse sido feito para fazer cumprir as leis, ou como se não tivéssemos feito o necessário para evitar que pessoas más - que não devem adquirir armas - comprem pistolas", justificou o presidente da Câmara de Representantes.
Na manhã desta quinta-feira, o presidente Donald Trump utilizou sua conta pessoal no Twitter para se referir ao tiroteio em Parkland, no qual 15 pessoas também ficaram feridas, e pedir aos cidadãos que relatem às autoridades quando detectarem um "comportamento errático" como o mostrado por Cruz.