Mundo

Rússia vetará resoluções que abram caminho para agredir Irã

Chanceler russo disse que bombardear o Irã significaria perder o controle sobre seu programa nuclear


	Serguei Lavrov: se o ataque ocorrer, "estou convencido que surgirá um forte movimento dentro do país que buscará romper as relações com a comunidade internacional"
 (©AFP / Natalia Kolesnikova)

Serguei Lavrov: se o ataque ocorrer, "estou convencido que surgirá um forte movimento dentro do país que buscará romper as relações com a comunidade internacional" (©AFP / Natalia Kolesnikova)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 13h00.

Moscou - A Rússia afirmou nesta terça-feira que vetará qualquer resolução no Conselho de Segurança da ONU que abra caminho para um "cenário militar" no Irã, cujo programa nuclear causa inquietação no Ocidente.

"Como demonstraram os fatos na Líbia, infelizmente não se descarta um cenário militar (no Irã). Nos asseguraremos que nenhuma resolução seja interpretada como a da Líbia", disse Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo.

Em entrevista publicada hoje pelo jornal "Rossiyskaya Gazeta", Lavrov disse que bombardear o Irã significaria perder o controle sobre seu programa nuclear. O objetivo pacífico de Teerã é questionado pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE).

Se o ataque ocorrer, "estou convencido que surgirá um forte movimento dentro do país que buscará romper as relações com a comunidade internacional e expulsar os inspetores (da Agência Internacional de Energia Atômica)", opinou.

Numa situação como esta, Lavrov disse que não haveria maneira de controlar o que acontece nos reatores iranianos. Uma operação contra o Irã, previu o chanceler, encorajará os políticos mais radicais do país a "exigir o desenvolvimento da dimensão militar do programa nuclear", assegurou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaConselho de Segurança da ONUEuropaIrã - PaísONURússia

Mais de Mundo

Eleição no Uruguai: disputa pela Presidência neste domingo deverá ser decidida voto a voto

Eleições no Uruguai: candidato do atual presidente disputa com escolhido de Mujica

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda