Coreia do Norte: para o país, calma é necessária "para que a situação na península Coreana não se desenvolva segundo o pior cenário" (Kim Hong-Ji/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 09h28.
Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 09h31.
Moscou - A Rússia qualificou nesta quarta-feira como "ação provocadora" o lançamento de um míssil balístico intercontinental norte-coreano que, segundo Pyongyang, é capaz de levar uma ogiva nuclear de grande porte e atingir qualquer parte do território dos Estados Unidos.
"Este novo lançamento de um foguete é uma ação provocadora que serve para aumentar a tensão e que nos afasta do começo da regulação da situação de crise", disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Após condenar o lançamento do míssil intercontinental norte-coreano, Peskov expressou a esperança da Rússia que todas as partes "consigam manter a calma, que é tão necessária para que a situação na península Coreana não se desenvolva segundo o pior cenário".
"Por enquanto, Pyongyang não atende às nossas advertências", declarou, por sua parte, o presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma (Câmara de Deputados da Rússia), Leonid Slutski.
O legislador indicou que uma delegação parlamentar russa se encontra atualmente na capital norte-coreana para tentar pôr fim a esta "insana escalada de tensão".
"A Coreia de Norte não está em condições de fabricar semelhante foguete", disse, por sua vez, o presidente do Comité de Defesa e Segurança do Senado russo, Franz Klintsevich, ao comentar o anúncio de Pyongyang sobre a capacidade do míssil de levar uma carga nuclear que pode atingir o território americano.
Para o senador o mais importante é o comportamento da Coreia de Norte, que "põe contra si toda a comunidade mundial".
"Os norte-coreanos estão passando dos limites. É um assunto muito sério. O mundo pode unir-se e muito facilmente pôr a Coreia do Norte em seu lugar", sentenciou.