Mundo

Rússia vai analisar embargo às verduras da UE

País tomou a decisão para evitar a contaminação da bactéria que matou 17 pessoas na Alemanha, mas bloco alega que bloqueio fere as regras da OMC

Pesquisadora observa cultura de bactérias na Alemanha: Rússia quer evitar o contágio (Christian Charisius/AFP)

Pesquisadora observa cultura de bactérias na Alemanha: Rússia quer evitar o contágio (Christian Charisius/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 14h27.

Moscou - A Rússia vai verificar se o embargo às importações de verduras da União Europeia (UE) é procedente, mas alegou que não irá "envenenar" sua população para cumprir as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC).

A declaração foi feita nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro Vladmir Putin, apesar das críticas recebidas.

"Acredito que a decisão (de proibir as hortaliças da UE) adotada pelos serviços sanitários tenha fundamento, mas ainda aguardamos informações de nossos colegas da Comissão Europeia", disse Putin.

"Os representantes da Comissão Europeia nos dizem que esta decisão da Rússia é contrária aos princípios da OMC, mas há pessoas morrendo na Europa por consumirem esses produtos e não vamos envenenar nossa população em nome de qualquer princípio", acrescentou.

A Rússia proibiu na quinta-feira a importação de verduras procedentes de todos os países da UE devido às contaminações pela bactéria E. coli, que já causou 17 mortos na Alemanha e um na Suécia.

O representante da UE em Moscou considerou que a decisão é contrária às normas da OMC, organização a qual a Rússia pretende aderir este ano após difíceis negociações.

Bruxelas também se manifestou dizendo que o embargo russo é uma medida descabida.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEuropaRússiaSaúdeUnião Europeia

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'