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Rússia usa mísseis de cruzeiro para bombardear alvos do EI

Putin destacou que o fato de todos os alvos terem sido atingidos reflete "o bom estado da indústria da defesa e a alta preparação dos militares russos"


	Navio militar russo: foi a primeira vez que Moscou informou sobre o uso de mísseis de cruzeiro na operação militar contra os jihadistas da Síria
 (Reuters / Murad Sezer)

Navio militar russo: foi a primeira vez que Moscou informou sobre o uso de mísseis de cruzeiro na operação militar contra os jihadistas da Síria (Reuters / Murad Sezer)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 10h16.

Moscou - Quatro navios de guerra da Rússia posicionados no Mar Cáspio lançaram quarta-feira 26 mísseis de cruzeiro contra 11 alvos do Estado Islâmico (EI) na Síria, informou nesta quarta-feira o Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.

"Segundos dados de controle, todos os alvos foram destruídos e não houve vítimas entre a população civil. Os resultados do ataque mostraram a alta eficácia dos mísseis de grande distância, já que os alvos estavam a 1.500 quilômetros", disse Shoigu, em reunião com o presidente Vladimir Putin exibida pela emissora estatal russa.

Putin destacou que o fato de todos os alvos terem sido atingidos reflete "o bom estado da indústria da defesa e a alta preparação dos militares russos".

Foi a primeira vez que Moscou informou sobre o uso de mísseis de cruzeiro na operação militar contra os jihadistas da Síria, que hoje completa uma semana. Até então, todos os ataques contra as organizações terroristas tinham sido efetuados pelas Forças Aéreas.

Por outro lado, Putin afirmou que a Rússia estaria disposta a unir forças com a oposição moderada síria que luta contra o EI, citando especificamente o Exército Livre Sírio (ELS).

"Se trata da ala militar da oposição moderada. Unir os esforços na luta contra organizações terroristas como o EI e a (Frente) al Nusra seria uma boa base para o posterior acerto político na Síria", disse o presidente russo, acrescentando não saber quem lidera a ELS.

Além disso, Shoigu informou ao presidente que o Ministério da Defesa estabeleceu contato direto com o comando militar da Turquia para "impedir violações do espaço aéreo" do país vizinho à Síria.

Tanto a Otan, aliança da qual a Turquia faz parte, como o próprio governo turco informaram que aviões russos invadiram brevemente o espaço aéreo do país durante o final de semana. A Rússia reconheceu apenas um dos incidentes e o atribuiu às más condições meteorológicas.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou que esse tipo de manobra pode "pôr fim às boas relações" entre os dois países.

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