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Rússia, Turquia e Irã assinam acordo sobre zonas seguras na Síria

A decisão de assinar o acordo foi resultado da quarta rodada de negociações sobre o cessar-fogo, realizada em Astana

Síria: dois membros da delegação opositora abandonaram a reunião plenária em protesto pela presença do Irã (Omar Sanadiki/Reuters)

Síria: dois membros da delegação opositora abandonaram a reunião plenária em protesto pela presença do Irã (Omar Sanadiki/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de maio de 2017 às 10h13.

Última atualização em 4 de maio de 2017 às 10h44.

Astana - Rússia, Turquia e Irã combinaram nesta quinta-feira a criação de zonas seguras na Síria, durante as negociações sobre o cessar-fogo realizadas em Astana, capital do Cazaquistão, com a participação de representantes do governo de Damasco e da oposição armada.

"Como resultado (da quarta rodada de negociações sobre o cessar-fogo), os países fiadores aceitaram assinar o memorando para criar zonas de redução de tensão na Síria", disse o ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Kayrat Abdrakhmanov.

Dois membros da delegação opositora abandonaram a reunião plenária em protesto pela presença do Irã como país fiador, enquanto a maior parte dos opositores assistiu à cerimônia.

"O Irã não tem o direito de assinar este documento porque é um país agressor", gritou um deles em árabe em pleno discurso de Abdrakhmanov.

Já após a assinatura do memorando, o chefe da delegação governamental síria em Astana, Bashar Al Jafaari, disse à Agência Efe que a saída dos dois membros da oposição "não tem maior importância" e que suas acusações contra o Irã são "pura falácia".

O chefe da diplomacia cazaque anunciou que a quinta rodada de negociações em Astana será realizada em meados de julho, enquanto as consultas prévias a essa reunião acontecerão em Ancara.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, participa das conversações para apoiar os esforços para consolidar o cessar-fogo.

Os países do Conselho de Segurança da ONU reiteraram recentemente que Genebra se mantém como o centro das negociações políticas para pôr fim ao conflito sírio, enquanto que em Astana são discutidos aspetos de ordem militar.

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