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Rússia tem que pagar o preço de ações, dizem países da Otan

Países deixam aberta a possibilidade de aplicar novas sanções a Moscou por seu envolvimento na crise ucraniana


	O presidente russo, Vladimir Putin: países da Otan condenaram comportamento russo frente à Ucrânia
 (Mikhail Klimentyev/AFP)

O presidente russo, Vladimir Putin: países da Otan condenaram comportamento russo frente à Ucrânia (Mikhail Klimentyev/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 15h32.

Newport - Os governos dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Itália sublinharam nesta quinta-feira sua condenação ao comportamento da Rússia na Ucrânia e insistiram que Moscou "terá que pagar o preço de suas ações".

Os presidentes dos EUA, Barack Obama; da França, François Hollande, e os primeiros-ministros do Reino Unido, David Cameron, e da Itália, Matteo Renzi, além da chanceler alemã, Angela Merkel, se reuniram hoje à margem da cúpula da Otan no País de Gales com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.

"Os líderes reiteraram sua condenação à Rússia por sua contínua e flagrante violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia, e estiveram de acordo na necessidade da Rússia enfrentar o custo de suas ações", assinalou o conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, em comunicado.

Dessa forma, os países deixam aberta a possibilidade de aplicar novas sanções a Moscou por seu envolvimento na crise ucraniana.

"O presidente Obama e seus colegas europeus expressaram sua solidariedade com a Ucrânia e sublinharam seu apoio a seu processo democrático", assinalou Rhodes, que reiterou o "firme apoio" desses países "aos esforços do presidente Poroshenko para conseguir uma resolução pacífica ao conflito".

Poroshenko, por sua parte, falou ao grupo presente sobre os últimos eventos em seu país e abordou o plano proposto ontem pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Moscou apresentou um plano de paz de sete pontos que pedia às partes envolvidas pôr fim a qualquer ação ofensiva no território das regiões de Donetsk e Lugansk, além da retirada das tropas ucranianas das regiões citadas.

O plano também contempla o controle internacional do cessar-fogo, a troca de presos mediante a fórmula de "todos por todos", a abertura de corredores e ajuda humanitária aos refugiados, a proibição de bombardeios aéreos e o envio de especialistas para a reparação das infraestruturas.

A crise da Ucrânia é um dos principais assuntos dessa reunião de dois dias, a qual contará com um encontro da Comissão OTAN-Ucrânia, previsto para ocorrer nesta tarde. Na ocasião, Poroshenko deve passar ao conjunto dos aliados um boletim sobre os últimos acontecimentos na região.

Antes de começar a reunião, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, pediu à Rússia recuar suas forças da fronteira oriental ucraniana, assim como o fluxo de armas e o apoio aos rebeldes.

Rasmussen também pediu a Moscou se comprometer "com um processo político construtivo e que faça um autêntico esforço para facilitar uma solução pacífica à crise na Ucrânia".

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