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Rússia retira proibição de entregar ao Irã mísseis S-300

Moscou e Teerã assinaram em 2007 um contrato de 800 milhões de dólares para a entrega de S-300 russos, capazes de atingir em voo aviões ou mísseis


	Moscou e Teerã assinaram em 2007 um contrato de 800 milhões de dólares para a entrega de S-300 russos, capazes de atingir em voo aviões ou mísseis
 (Sergei Karpukhin/AFP)

Moscou e Teerã assinaram em 2007 um contrato de 800 milhões de dólares para a entrega de S-300 russos, capazes de atingir em voo aviões ou mísseis (Sergei Karpukhin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 12h02.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira um decreto que suspende a proibição para a Rússia de entregar ao Irã mísseis S-300, segundo um comunicado do Kremlin.

A presidência russa não informa se está prevista a entrega de mísseis S-300, mas o decreto abre a opção de enviar estes artefatos ao Irã por via marítima, terrestre ou aérea.

O ex-presidente Dmitri Medvedev havia proibido em 2010 a entrega destes mísseis à República Islâmica - um contrato criticado pelo Ocidente e por Israel -, aplicando, assim, uma resolução da ONU para sancionar Teerã por seu controverso programa nuclear.

Moscou e Teerã assinaram em 2007 um contrato de 800 milhões de dólares para a entrega de S-300 russos, capazes de atingir em voo aviões ou mísseis.

Após a proibição de 2010, Teerã levou o caso ao Tribunal Internacional de Arbitragem em Genebra (Suíça) para exigir de Moscou 4 bilhões de dólares como indenização.

No início do ano, Moscou e Teerã assinaram um protocolo de acordo para reforçar a cooperação militar bilateral durante a visita do ministro russo da Defesa, Serguei Choigu, à capital iraniana.

E a Rússia propôs então a entrega de Antei-2500, uma nova versão dos mísseis S-300.

Irã e Rússia foram afetados por sanções econômicas de Estados Unidos e países europeus, Teerã, por culpa de seu programa nuclear, e Rússia, por seu envolvimento no conflito ucraniano.

Os dois países se aproximaram nos últimos anos no âmbito econômico e são os principais apoios do regime sírio de Bashar al-Assad.

Mas suas relações foram prejudicadas desde o início da crise diplomática internacional em torno do controverso programa nuclear iraniano.

No dia 2 de abril, o Irã e o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) assinaram um acordo sobre o programa nuclear iraniano após meses de negociações.

O documento impõe um maior controle das instalações nucleares iranianas para evitar a elaboração de uma bomba atômica. Teerã pede, em troca, o levantamento das sanções econômicas que asfixiam sua economia.

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