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Rússia responsabiliza Kiev por descumprir acordos de paz

Chanceler russo admitiu que as milícias rebeldes também descumprem a trégua, mas atribuiu a maior parte da responsabilidade aos militares ucranianos


	O chanceler russo, Sergei Lavrov: "infelizmente, os acordos de Minsk não estão sendo cumpridos, sobretudo por culpa do governo da Ucrânia"
 (Alexander Nemenov/AFP)

O chanceler russo, Sergei Lavrov: "infelizmente, os acordos de Minsk não estão sendo cumpridos, sobretudo por culpa do governo da Ucrânia" (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 10h47.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, responsabilizou nesta segunda-feira as autoridades de Kiev pelo descumprimento dos acordos de paz para as regiões separatistas no leste da Ucrânia.

"Infelizmente, os acordos de Minsk não estão sendo cumpridos, sobretudo por culpa do governo da Ucrânia", disse Lavrov em entrevista coletiva conjunta com o ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, após encontro de ambos.

Segundo o chanceler russo, "há mais que suficientes" exemplos do descumprimento dos acordos por parte de Kiev.

Particularmente, Lavrov se referiu à lei aprovada pelo parlamento da Ucrânia sobre o status especial das regiões de Lugansk e Donetsk, controladas parcialmente pelos separatistas pró-Rússia.

"Essa lei deveria ser adotada após acordo cos representantes de Lugansk e Donetsk, mas não ocorreu assim", criticou.

Segundo Lavrov, a Rússia se "preocupa com a continuidade das repetidas violações do regime de cessar-fogo, que foram de grande intensidade nos últimos dias".

"A situação agora, aparentemente, se tranquilizou. Nós vamos ajudar ativamente para que esta tendência se fortaleça", garantiu.

O chanceler russo admitiu que as milícias rebeldes também descumprem a trégua, mas atribuiu a maior parte da responsabilidade aos militares ucranianos.

Em relações à sanções ocidentais contra a Rússia, Lavrov disse que Moscou não pedirá seu levantamento.

"Já dissemos muitas vezes que não pedimos a ninguém que levante as sanções. Essas sanções foram adotadas por motivos inventados e isso recai sobre suas consciências", disse.

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