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Rússia rejeita aumentar as sanções contra Coreia do Norte

Declaração veio em resposta ao pedido dos Estados Unidos para que a comunidade internacional corte relações com os norte-coreanos após testes de armas

Sergei Lavrov: "em mais de uma ocasião enfatizamos que a pressão por meio de sanções é uma via praticamente esgotada" (Sean Gallup/Reuters)

Sergei Lavrov: "em mais de uma ocasião enfatizamos que a pressão por meio de sanções é uma via praticamente esgotada" (Sean Gallup/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 07h29.

Última atualização em 30 de novembro de 2017 às 08h23.

Moscou - A Rússia avisou, nesta quinta-feira, que rejeita aumentar as sanções contra a Coreia do Norte como resposta ao pedido dos Estados Unidos para que a comunidade internacional corte relações com Pyongyang pelos testes armamentísticos realizados pelo país asiático.

"Nossa atitude frente a isto (apelo dos EUA) é negativa. Em mais de uma ocasião enfatizamos que a pressão por meio de sanções é uma via praticamente esgotada", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em Minsk, capital da Bielorrússia.

Lavrov acrescentou que as resoluções da ONU com sanções contra a Coreia do Norte contêm a reivindicação para retomar o processo de negociação, uma "exigência que a parte americana ignora".

"Considero que é um grande erro", completou o chanceler russo.

Segundo Lavrov, as últimas ações dos Estados Unidos "parecem tentar conscientemente provocar Pyongyang para que dê passos bruscos".

"Dá a impressão de que se faz tudo para que Kim Jong-un (líder norte-coreano) perca a calma e se lance em uma nova aventura", comentou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov salientou ainda que os Estados Unidos devem explicar qual é seu objetivo na crise coreana.

"Se o que buscam é um pretexto para destruir a Coreia do Norte, como declarou a representante dos EUA no Conselho de Segurança da ONU, que o digam abertamente e que o ratifique o governo americano. Então decidiremos como reagir", sentenciou.

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