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Rússia reagirá se Otan concentrar tropas na fronteira

País irá adotar medidas políticas e militares para garantir sua segurança, disse nesta segunda-feira o vice-ministro de Relações Exteriores Vladimir Titov


	Russos na Crimeia: comentários surgiram em meio a uma profunda crise entre Rússia e Ocidente por Ucrânia
 (Alexander Nemenov/AFP)

Russos na Crimeia: comentários surgiram em meio a uma profunda crise entre Rússia e Ocidente por Ucrânia (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 10h49.

Moscou - A Rússia vai considerar qualquer nova expansão das forças da Otan perto de sua fronteira como uma "demonstração de intenções hostis" e irá adotar medidas políticas e militares para garantir sua segurança, disse nesta segunda-feira o vice-ministro de Relações Exteriores Vladimir Titov em entrevista à agência russa Interfax.

Os comentários surgiram em meio a uma profunda crise entre a Rússia e o Ocidente por causa da Ucrânia, e dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter oferecido maior apoio militar aos membros europeus da Otan para minimizar suas preocupações em relação a Moscou.

"Nós não podemos ver tal acúmulo de poder militar da aliança perto da fronteira com a Rússia como outra coisa a não ser uma demonstração de intenções hostis", disse Titov.

Em declarações na semana passada na Polônia, país-membro da Otan, Obama anunciou planos de gastar até 1 bilhão de dólares em apoio e treinamento de forças armadas dos Estados da aliança que fazem fronteira com a Rússia. A Casa Branca também informou que, por causa da crise ucraniana, iria revisar o posicionamento das tropas permanentes na Europa, mas não firmou um compromisso de colocar tropas em solo, como a Polônia pretendia por medida de segurança.

A Rússia há muito tempo se opõe à expansão da Otan, que considera uma ameaça à sua segurança. Além disso, o governo russo diz que o plano ucraniano de se associar mais estreitamente ao Ocidente --incluindo a aliança militar e a União Europeia --força Moscou a reagir. O Ocidente acusa a Rússia de interferência na Ucrânia para manter o país, uma ex-república soviética, em sua esfera de influência.

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