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Rússia promete respeitar território da Ucrânia, diz Kerry

Kerry afirmou que o compromisso foi assumido em um telefonema nesta quinta pela manhã com o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov

Manifestantes pró-Rússia fazem ato em frente ao parlamento da Crimeia: Lavrov voltou a negar que Moscou esteja por trás do assalto a prédios do governo na Crimeia (AFP)

Manifestantes pró-Rússia fazem ato em frente ao parlamento da Crimeia: Lavrov voltou a negar que Moscou esteja por trás do assalto a prédios do governo na Crimeia (AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 20h06.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, prometeu nesta quinta-feira que Moscou "respeitará a integridade territorial da Ucrânia" e manifestou sua preocupação com a situação na Crimeia, disse o secretário de Estado americano, John Kerry.

Kerry afirmou que o compromisso foi assumido em um telefonema nesta quinta pela manhã com o colega russo. Na conversa, Lavrov voltou a negar que Moscou esteja por trás do assalto a prédios do governo na Crimeia, realizado por dezenas de homens armados pró-Rússia.

"Pedi especificamente que a Rússia trabalhe com os Estados Unidos e nossos aliados e amigos para apoiar e reconstruir a unidade, a segurança e a saúde econômica da Ucrânia", disse Kerry à imprensa.

Em uma longa entrevista coletiva nesta quinta-feira ao lado do ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, Kerry insistiu na necessidade de que todas as partes "evitem qualquer forma de provocação". Na quarta-feira, o secretário de Estado havia advertido que qualquer intervenção russa na Ucrânia "seria um grave erro".

Nesta quinta, a Casa Branca advertiu a Rússia, mais uma vez, e classificou de "provocação" a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de pôr suas tropas na fronteira com a Ucrânia em estado de alerta.

"Examinamos de perto as manobras militares da Rússia na fronteira ucraniana, anunciadas ontem (quarta)", declarou o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney.

Diante da delicada situação na Ucrânia e do aumento das tensões na Crimeia, onde a frota russa está estacionada, os governos da Polônia e da Grã-Bretanha expressaram sua preocupação. Já Estados Unidos e autoridades da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pediram a Moscou que evite uma escalada.

Nesta quinta-feira, dezenas de homens armados assumiram o controle da sede do Governo e do Parlamento da Crimeia, onde plantaram uma bandeira russa. A frota de Moscou do mar Negro se encontra em Sebastopol, cidade portuária dessa península do sul da Ucrânia, onde os russófonos são maioria.

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