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Rússia posiciona míssil que viola tratado de armas, segundo NYT

Trata-se de um programa de mísseis de médio alcance que a Rússia está testando há pelo menos 3 anos e que já está em fase "operacional", segundo fontes

Lançador de míssil russo: para a Casa Branca, a instalação desse míssil de cruzeiro representa uma clara violação do Tratado INF para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance (Alexander Nemenov/AFP)

Lançador de míssil russo: para a Casa Branca, a instalação desse míssil de cruzeiro representa uma clara violação do Tratado INF para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance (Alexander Nemenov/AFP)

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EFE

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 17h22.

Nova York - A Rússia posicionou em segredo um míssil de cruzeiro apesar de os Estados Unidos considerarem que representa uma violação de um tratado sobre controle de armas assinado por ambos países há três décadas, informou nesta terça-feira o jornal "The New York Times".

Trata-se de um programa de mísseis de médio alcance que a Rússia está testando há pelo menos três anos e que agora já está em fase "operacional", segundo fontes de inteligência americanas citadas pelo jornal nova-iorquino.

O programa russo já tem dois esquadrões desses mísseis, um dos quais foi posicionado recentemente em um ponto não identificado desse país, enquanto o outro permanece no polígono militar Kapustin Yar, na região de Astrakhan, segundo o mesmo jornal.

Para a Casa Branca, a instalação desse míssil de cruzeiro representa uma clara violação do Tratado INF para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance, assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev.

Cada um dos esquadrões conta com quatro plataformas de lançamento móveis e uma "ampla" provisão de mísseis, de acordo com o jornal, que acrescenta que essas plataformas são similares às dos foguetes táticos Iskander.

O programa russo representa também uma grande preocupação para o Pentágono, que cogita várias opções de resposta, inclusive o posicionamento de defesas antimísseis adicionais na Europa ou de mísseis de cruzeiro de base terrestre ou aérea, segundo as mesmas fontes.

O governo americano já tentou em 2014 persuadir as autoridades russas a corrigir o que considera uma violação do tratado de 1987 enquanto o programa estava ainda em fase experimental.

O então presidente, Barack Obama, enviou a seu homólogo russo, Vladimir Putin, uma carta na qual lhe comunicava esse descumprimento e lhe instava a voltar às condições estabelecidas pelo tratado e a eliminar todo equipamento proibido de maneira verificável.

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