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Rússia pode ampliar venda de armas ao Irã se atacarem Síria

Aliado de Putin sugeriu que a Rússia poderia aumentar as vendas de armas para o Irã ou rever sua cooperação com os norte-americanos no Afeganistão


	Manifestante durante protesto a favor da ação militar americana na Síria: comentários parecem ser parte de uma estratégia para convencer os EUA a desistirem de atacar a Síria
 (Jonathan Ernst/Reuters)

Manifestante durante protesto a favor da ação militar americana na Síria: comentários parecem ser parte de uma estratégia para convencer os EUA a desistirem de atacar a Síria (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 14h41.

Moscou - Um influente deputado russo, aliado do presidente Vladimir Putin, sugeriu nesta quarta-feira que a Rússia poderia aumentar as vendas de armas para o Irã ou rever sua cooperação com os norte-americanos no Afeganistão caso os Estados Unidos lancem um ataque militar contra a Síria.

A Rússia é uma antiga aliada do Irã, principal país a apoiar a Síria e maior antagonista dos EUA no Oriente Médio. O governo russo construiu a primeira usina nuclear do Irã e lhe forneceu sistemas de defesa antiaérea.

Os comentários de Alexei Pushkov, líder da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados da Rússia, parecem ser parte de uma estratégia para convencer os EUA a desistirem de atacar a Síria em retaliação por um ataque com gás venenoso em Damasco, que matou centenas de civis.

Pushkov endossou Putin ao dizer que a iniciativa da Rússia de levar a Síria, sua aliada, a desistir de suas armas químicas só terá sucesso se o governo norte-americano e seus aliados rejeitarem o uso da força.

Num esboço sobre possíveis respostas no caso de a Síria ser atacada, Pushkov disse à Duma, a Câmara dos Deputados: "Isso incluiria a expansão da entrega de armas defensivas ao Irã e a discussão da possibilidade de rever nossa cooperação com os Estados Unidos no Afeganistão." Ele não deu detalhes no pronunciamento à Duma, que planeja votar na noite desta quarta-feira uma resolução endossando a oposição de Putin aos ataques militares.

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