Mundo

Rússia pede respeito a resultados das eleições venezuelanas

A Rússia criticou a decisão dos Estados Unidos de impor sanções a Venezuela, após a reeleição do presidente Nicolás Maduro

Maduro: o presidente venezuelano foi reeleito com 6,1 milhões de votos (Marco Bello/Reuters)

Maduro: o presidente venezuelano foi reeleito com 6,1 milhões de votos (Marco Bello/Reuters)

E

EFE

Publicado em 23 de maio de 2018 às 11h12.

Moscou - A Rússia pediu nesta quarta-feira respeito aos resultados do pleito presidencial realizado no domingo na Venezuela, no qual foi reeleito Nicolás Maduro, e tachou de "absolutamente hipócrita" a decisão dos Estados Unidos de impor sanções ao país latino-americano.

"Partimos da base de que houve eleições, e esta é a vontade dos venezuelanos que compareceram às seções eleitorais e expressaram seu apego ao processo democrático. Esta vontade, manifestada dentro da lei, precisa ser respeitada", afirmou a porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova.

A porta-voz denunciou que as declarações de uma série de países de que não reconhecem os resultados das eleições e reduzirão seus contatos com Caracas são "contraproducentes e levam a um beco sem saída".

Zakharova tachou de "absolutamente hipócrita" a decisão dos Estados Unidos de impor "sanções unilaterais à Venezuela e ao seu sistema financeiro".

"Com o suposto propósito de punir determinados políticos, o pacote de medidas (americanas) que está sendo adotado pretende bloquear os canais e fontes de financiamento externo (da Venezuela), provocando assim a piora da situação", ressaltou Zakharova.

A porta-voz insistiu que as sanções buscam "piorar as condições de vida dos venezuelanos comuns".

Por outro lado, Zakharova indicou que Moscou "analisará em que medida as novas sanções podem influenciar na realização de projetos econômicos concretos", na Venezuela.

Maduro foi reeleito com 6,1 milhões de votos nas eleições, que estiveram entre as de mais baixa participação na história da Venezuela, com o comparecimento de pouco mais de 9,1 dos 20,5 milhões de cidadãos aptos a votar.

A principal organização opositora, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), cujos líderes foram inabilitados para apresentar suas candidaturas, boicotaram as eleições.

O pleito venezuelano gerou manifestações de rejeição do Grupo de Lima, que reúne o Brasil e outros 13 países das Américas, assim como de Estados Unidos, Espanha e Reino Unido.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesRússiaVenezuela

Mais de Mundo

Ranking lista países mais seguros do mundo em caso de guerra global; veja lista

Sob pressão de incêndios, Lula defenderá meio ambiente na ONU

França estreia novo governo com giro à direita

Trump diz que é 'muito tarde' para outro debate com Kamala nos EUA