Mundo

Rússia nega uso de bombas de fragmentação na Síria

O representante do Kremlin recomendou aos jornalistas que se informem com o Ministério da Defesa russo para obter informações precisas sobre ataques


	Guerra na Síria: "A Rússia realiza sua operação em estrita consonância com as normas do direito internacional"
 (Omar Sanadiki / Reuters)

Guerra na Síria: "A Rússia realiza sua operação em estrita consonância com as normas do direito internacional" (Omar Sanadiki / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 08h20.

Moscou - O Kremlin negou nesta segunda-feira que a aviação russa use bombas de fragmentação na operação militar contra os jihadistas na Síria, como denunciou a organização Human Rights Watch (HRW), que acusou Moscou de matar 35 civis com esse tipo de armamento proibido pela ONU.

"A Rússia realiza sua operação em estrita consonância com as normas do direito internacional, inclusive aquelas que proíbem determinados tipos de armas. Ninguém pode ter dúvidas disso", garantiu em entrevista coletiva o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O representante do Kremlin recomendou aos jornalistas que se informem com o Ministério da Defesa russo para obter informações precisas "sobre os resultados dos ataques" executados pela aviação militar russa na Síria.

A HRW denunciou nove ataques das aviações síria e russa que, segundo dados da ONG, tiraram a vida de 35 civis, entre eles cinco mulheres e 17 crianças, e feriram dezenas de pessoas.

O uso desse tipo de munição viola a resolução 2139 das Nações Unidas, que pediu em fevereiro de 2014 a todas as partes do conflito sírio que encerrem o emprego indiscriminado de armas em áreas povoadas do país árabe.

Ao todo, 118 países, entre eles Rússia, Estados Unidos e Síria, proibiram as bombas de fragmentação devido ao dano que ocasionam.

Geralmente, após serem disparadas, essas bombas explodem no ar e espalham até centenas de pequenos explosivos sobre áreas do tamanho de um campo de futebol.

No entanto, o mecanismo costuma falhar e as bombas não explodem no ar, deixando restos similares a minas no chão, um perigo para os civis.

Desde 2012 e até finais de 2014, esse tipo de armamento foi o responsável pela morte de 1.968 pessoas, a maioria civis, segundo detalhou em setembro um relatório anual da Coalizão sobre Bombas de Fragmentação.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaRússiaSíria

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA