Mundo

Rússia nega intenção de desestabilizar a Ucrânia

Chanceler disse que a situação só poderá melhorar se Kiev levar em conta os interesses das regiões russófonas


	O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov: numa entrevista coletiva ao receber seu colega angolano, Georges Chikoti, Lavrov disse que "ninguém deveria tentar colocar a culpa nos outros"
 (Vasily Maximov/AFP/AFP)

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov: numa entrevista coletiva ao receber seu colega angolano, Georges Chikoti, Lavrov disse que "ninguém deveria tentar colocar a culpa nos outros" (Vasily Maximov/AFP/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 09h46.

Moscou - O chanceler russo, Sergei Lavrov, rejeitou nesta terça-feira as acusações norte-americanas de que Moscou estaria tentando desestabilizar a <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ucrania">Ucrânia</a></strong>, e disse que a situação só poderá melhorar se Kiev levar em conta os interesses das regiões russófonas.</p>

Por causa da Ucrânia, as relações entre EUA e Rússia mergulharam na sua pior crise desde o fim da Guerra Fria. No mês passado, Moscou anexou a península da Crimeia, alegando a necessidade de salvar seus cidadãos da ameaça de líderes direitistas em Kiev.

Na segunda-feira, o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, alertou Lavrov de que a Rússia sofrerá consequências se desestabilizar mais a Ucrânia.

Mas, numa entrevista coletiva ao receber seu colega angolano, Georges Chikoti, Lavrov disse que "ninguém deveria tentar colocar a culpa nos outros".

Na terça-feira o governo ucraniano tentava restaurar a ordem em cidades do leste do país onde multidões pró-Moscou ocupam edifícios públicos desde domingo. A Ucrânia diz que a Rússia orquestrou essas ações para tentar desmembrar a Ucrânia.

O Departamento de Estado disse após a conversa telefônica entre Lavrov e Kerry que os dois ministros discutiram a convocação de uma reunião entre Ucrânia, Rússia, EUA e União Europeia para tentar acalmar a situação nos próximos dez dias.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosÁsiaEstados Unidos (EUA)EuropaRússiaDiplomaciaUcrânia

Mais de Mundo

Democratas fazem proposta para encerrar shutdown, mas republicanos rejeitam

Trump reforça desejo de se reunir com Putin na Hungria

'Acordo de Paris não seria possível hoje', diz 'pai' do tratado