Serguei Lavrov, chanceler russo: "versão contradiz as muitas provas que demonstram o contrário" (Kirill Kudryavtsev-AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2014 às 13h18.
Moscou - O chanceler russo, Serguei Lavrov, negou nesta quinta-feira as acusações do governo ucraniano de que o ex-presidente pró-russo Viktor Yanukovich foi responsável pelos disparos contra manifestantes que provocaram dezenas de mortes em Kiev em fevereiro passado.
"Esta versão contradiz as muitas provas que demonstram o contrário", afirmou Lavrov, citando, entre outras coisas, uma ligação da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em que se falava de um possível envolvimento da oposição ucraniana nos fatos.
"Yanukovich deu a ordem criminosa de disparar contra os manifestantes entre 18 e 20 de fevereiro", declarou mais cedo o ministro interino do Interior ucraniano, Arsen Avakov, e garantiu que agentes russos do FSB (ex-KGB) "participaram do planejamento e da execução da suposta operação antiterrorista".
Pouco depois, o FSB negou implicitamente seu envolvimento nos incidentes em um comunicado divulgado pela agência Ria Novosti.
O Ministério Público ucraniano também anunciou a prisão de onze membros das forças especiais antidistúrbios Berkut e de seus responsáveis por seu envolvimento nos distúrbios.