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Rússia não vê América Latina como área de confronto

Segundo Lavrov, a Rússia tem grande interesse em criar um fórum permanente com a América Latina para impulsionar a cooperação com a região em todos os âmbitos


	O chanceler russo, Sergei Lavrov: "A Rússia não olha essa região através do prisma do confronto geopolítico com ninguém", assinalou
 (Alexander Nemenov/AFP)

O chanceler russo, Sergei Lavrov: "A Rússia não olha essa região através do prisma do confronto geopolítico com ninguém", assinalou (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 09h02.

Moscou - A Rússia procura relações mutuamente benéficas com a América Latina e não vê a região como uma região de confronto com terceiros países, disse nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

"A Rússia não olha essa região através do prisma do confronto geopolítico com ninguém", assinalou Lavrov, em referência aos Estados Unidos. Defendemos, acrescentou, "um América Latina forte, unida politicamente e com uma economia estável".

"Os países da região se propuseram defender seu legítimo lugar nos assuntos mundiais sobre as bases da igualdade, o equilíbrio de interesses e o respeito mútuo", acrescentou, antes de participar do Conselho de Negócios da Chancelaria russa.

Segundo Lavrov, a Rússia tem grande interesse em criar um fórum permanente com a América Latina para impulsionar a cooperação com a região em todos os âmbitos.

"Sei que esta iniciativa conta com um grande impulso. Os países latino-americanos têm interesse em ampliar e diversificar a cooperação com a Rússia tanto no formato bilateral como multilateral", disse.

Destacou que países como Brasil, Argentina, Venezuela, Equador, Nicarágua e Cuba já elevaram as relações com Moscou a um nível estratégico.

Por outro lado, o ministro russo lamentou que a troca comercial entre Rússia e a maioria dos países latino-americanos se limita às matérias-primas e produtos agrícolas.

"É preciso aproveitar ao máximo a complementaridade de nossos países e criar projetos conjuntos de alta tecnologia" em áreas como energia, transporte, infraestruturas, maquinaria, indústria farmacêutica e tecnologias de informação biológica", disse. EFE

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