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Rússia não se guia por princípio de "olho por olho", diz Lavrov

O ministro russo considerou que a Rússia fez "todo o possível para reconduzir as relações e, frente às provocações americanas, mostrou contenção"

Serguei Lavrov: a fala do ministro de Relações Exteriores russo foi direcionada ao secretário de Estado americano (Maxim Shemetov/Reuters)

Serguei Lavrov: a fala do ministro de Relações Exteriores russo foi direcionada ao secretário de Estado americano (Maxim Shemetov/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de julho de 2017 às 15h14.

Moscou - O ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, explicou nesta sexta-feira a seu homólogo dos Estados Unidos, Rex Tillerson, que a medida de reduzir a presença diplomática americana na Rússia é uma resposta aos passos "hostis" de Washington e lhe assegurou que Moscou não se guia pelo princípio de "olho por olho".

Em uma conversa telefônica, Lavrov salientou que a decisão "foi provocada por uma série de passos hostis por parte de Washington. Esses passos incluíram sanções ilegais contra a Rússia, acusações caluniosas, a expulsão em massa de diplomatas e as expropriações das nossas propriedades diplomáticas", segundo informou a pasta de Exteriores em um comunicado.

O ministro russo considerou que a Rússia fez "todo o possível para reconduzir as relações e, frente às provocações americanas, mostrou contenção", acrescentou a nota.

Lavrov disse a Tillerson que, no entanto, "os últimos eventos" - em referência às novas sanções contra a Rússia - "mostraram que a política dos EUA está nas mãos das forças russófobas".

"As medidas que tomamos são limitadas e absolutamente adequadas, não se trata de uma resposta segundo o princípio de olho por olho, senão de um passo obrigatório, que se inscreve plenamente na prática internacional", acrescentou.

Moscou ordenou hoje que os Estados Unidos reduzam seu pessoal diplomático na Rússia em resposta às últimas sanções impostas por Washington, até deixá-lo no mesmo número que o pessoal diplomático russo nos EUA.

A ordem de Moscou foi divulgada um dia depois de o Senado dos EUA aprovar novas sanções contra o Kremlin.

Em dezembro de 2016, a Casa Branca já havia expulsado 35 diplomatas russos e as suas famílias e expropriou dois recintos diplomáticos russos nesse país.

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