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Rússia não quer concessões a terroristas após morte de embaixador

"O objetivo principal do agressor era prejudicar as relações russo-turcas e afetar o avanço que havíamos conquistado", disse Sergueï Lavrov

Ataque: Lavrov, Cavusoglu e o ministro iraniano das Relações Exteriores, Javad Zarif, se reunirão nesta terça-feira em Moscou para analisar a crise síria (Natalia Kolesnikova)

Ataque: Lavrov, Cavusoglu e o ministro iraniano das Relações Exteriores, Javad Zarif, se reunirão nesta terça-feira em Moscou para analisar a crise síria (Natalia Kolesnikova)

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AFP

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 09h40.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergueï Lavrov, fez um apelo para que os países não façam concessões aos terroristas durante uma reunião em Moscou com o chanceler turco Mevlut Cavusoglu, um dia depois do assassinato do embaixador russo em Ancara.

"Espero que nossas conversas, assim como a reunião trilateral com nosso colega iraniano, permitam chegar a um acordo faça avançar o processo de solução da crise síria", disse Lavrov.

"Mas deve ser sem nenhuma concessão aos terroristas", completou Lavrov.

Cavusoglu reiterou a vontade da Turquia de "seguir com o trabalho comum para uma solução política na Síria e o desenvolvimento do conjunto das relações bilaterais".

"O objetivo principal do agressor era prejudicar as relações russo-turcas e afetar o avanço que havíamos conquistado em nossos esforços comuns recentemente", disse Cavusoglu em referência ao assassinato do diplomata russo.

O embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, foi assassinado a tiros por um policial em uma galeria de arte de Ancara.

"Rússia e Turquia percebem que não devemos permitir aos organizadores do crime alcançar seu objetivo", completou o ministro turco.

Lavrov, Cavusoglu e o ministro iraniano das Relações Exteriores, Javad Zarif, se reunirão nesta terça-feira em Moscou para analisar a crise síria e a situação em Aleppo.

Os três países tem participação militar no conflito sírio. Rússia e Irã apoiam o presidente Bashar al-Assad, enquanto a Turquia considera que ele deve abandonar o poder.

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