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Rússia ligará território à Crimeia através de ponte

Primeiro-ministro anunciou que Rússia levará adiante o projeto de construção de uma ponte sobre estreito que separa a península da Crimeia do território russo

Pessoas observam navio russo na Crimeia: anúncio coincide com a grande tensão nessa região autônoma ucraniana (Baz Ratner/Reuters)

Pessoas observam navio russo na Crimeia: anúncio coincide com a grande tensão nessa região autônoma ucraniana (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h37.

Moscou - O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou nesta segunda-feira que a Rússia levará adiante o projeto de construção de uma ponte sobre o estreito de Kerch, que separa a península da Crimeia do território da Rússia, assinado com o anterior governo ucraniano.

O anúncio de Medvedev coincide com a grande tensão nessa região autônoma ucraniana, onde as tropas russas estão fustigando as forças ucranianas para tomar o controle.

"Adotamos decisões que são vinculativas, em particular documentos que foram assinados em dezembro do ano passado e que não foram modificados nem denunciados por ninguém", disse o primeiro-ministro russo, em referência à ponte sobre o estreito de Kerch, citado pelas agências russas.

Em reunião com a cúpula do governo nos arredores de Moscou, Medvedev ressaltou que a Ucrânia "foi e sempre será um sócio econômico-comercial muito importante para Rússia.

O chefe do governo russo ressaltou que na construção da ponte no estreito de Kerch, assim como no desenvolvimento de canais comerciais adicionais e de projetos conjuntos de investimento, estão interessadas Rússia e Ucrânia.

Segundo Medvedev, a disposição do Executivo permitirá levar a um plano prático a construção deste corredor de transporte independentemente da conjuntura política.

O acordo para unir com uma ponte Crimeia - povoada majoritariamente por russos étnicos - com o território russo foi assinado entre outro projeto de cooperação com o governo do deposto presidente ucraniano Viktor Yanukovich, atualmente refugiado na Rússia.

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