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Rússia já não pode enganar ninguém sobre ataque, diz Reino Unido

O ministro de Relações Exteriores britânico qualificou de "cada vez mais absurda" a negação russa sobre sua responsabilidade no ataque ao ex-espião

Putin: uma equipe de técnicos da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) chegará hoje ao Reino Unido (Reuters/Reuters)

Putin: uma equipe de técnicos da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) chegará hoje ao Reino Unido (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de março de 2018 às 09h23.

Última atualização em 19 de março de 2018 às 09h32.

Bruxelas - O ministro de Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, qualificou nesta segunda-feira de "cada vez mais absurda" a negação da Rússia sobre sua responsabilidade no ataque ao ex-espião russo em Salisbury (sul da Inglaterra) e garantiu que este país "já não pode enganar ninguém".

"O povo pode ver que esta é a clássica estratégia russa de tentar esconder a agulha da verdade num palheiro de mentiras e confusão", afirmou Johnson durante sua chegada à reunião de titulares de Relações Exteriores da União Europeia (UE) realizada nesta segunda-feira em Bruxelas.

O ministro criticou a "negação cada vez mais absurda" das autoridades russas e acrescentou que sua versão variou entre nunca ter fabricado "Novichok" (o tipo de agente nervoso supostamente usado no ataque), tê-lo fabricado, mas posteriormente destruído todas as reservas ou que algumas amostras "escaparam misteriosamente" à Eslováquia, Suécia, República Tcheca e EUA.

"Doze anos depois do assassinato de Alexander Litvinenko, já não podem enganar ninguém mais", afirmou em referência ao ex-agente da KGB morto em 2006 após ingerir chá contaminado com polônio radiativo, um crime que contou, segundo uma investigaçãoa, com a aprovação do presidente russo, Vladimir Putin.

Johnson disse se sentir "comovido" pela força do apoio que o Reino Unido recebeu e apontou que "não há quase nenhum país em torno da mesa aqui em Bruxelas que não tenha sido afetado recentemente por algum tipo de comportamento maligno e prejudicial por parte da Rússia".

O ministro confirmou que uma equipe de técnicos da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) chegará hoje ao Reino Unido para tomar amostras no local onde o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram encontrados após terem sido envenenados por um agente nervoso no começo de março.

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