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Rússia impedirá intervenção na Síria no Conselho de Segurança

Segundo o chanceler russo, seu país e a China concordam que a resolução sobre a Síria deve contemplar a não intervenção da ONU nos assuntos internos sírios

O chefe da diplomacia russa Sergei Lavrov expressou que Moscou defende uma solução negociada do conflito na Síria
 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

O chefe da diplomacia russa Sergei Lavrov expressou que Moscou defende uma solução negociada do conflito na Síria (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 08h24.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quarta-feira que seu país vai se opor a qualquer resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que pretenda aprovar uma intervenção militar na Síria.

'Se alguém tiver a intenção de usar a força a qualquer preço - ouvi pedidos para o envio de tropas árabes à Síria - dificilmente poderemos impedir, mas não receberá nenhuma ordem do Conselho de Segurança', disse Lavrov em entrevista coletiva.

O ministro russo indicou que os estados ocidentais tentam excluir do projeto de resolução sobre a Síria apresentado pela Rússia ao Conselho de Segurança o item que estabelece que nenhum ponto do documento pode ser interpretado como pretexto para uma intervenção militar nesse país árabe.

Lavrov acrescentou que a Rússia e a China concordam que a resolução sobre a Síria deve contemplar a não intervenção da ONU nos assuntos internos sírios, além do veto expresso que o documento seja empregado como aval para o uso da força contra esse país.

'Para nós tudo está muito claro: não apoiaremos nenhuma medida, porque as sanções unilaterais foram impostas sem consultar a Rússia e a China', ressaltou.

O chefe da diplomacia russa expressou que Moscou defende uma solução negociada do conflito na Síria.

'Convocamos todos os participantes do drama sírio a uma reunião o mais rápido possível para definir o começo de um diálogo nacional', declarou.

Lavrov destacou que a Liga Árabe propôs que essa reunião fosse realizada no Cairo e manifestou que a Rússia também está disposta a recebê-la.

'Se para alguém for complicada essa reunião no Cairo, nós estamos dispostos a receber em nosso território todas as partes sírias e, sem nenhum tipo de intromissão, criar as condições para que comecem a chegar a um acordo', ressaltou. 

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